*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 15 de maio de 2012

Quase um Segundo...

"As vezes te odeio por quase..."
"Tudo, que não me deixa em paz"
"Prendia o Choro e aguava o bom do amor..."

Uma procura tão longa por um momento tão ínfimo. É triste ver como entregamos os pontos por tão pouco, tão fácil. Eu procuro por instinto, caçador de mim vou. Sem sentir o sentido seguindo.
A ferida aberta revela mais que a carne exposta. Liberta e mostra nítido sentimento, dor, melancolia, peso.
Enfim algum sentimento... Perda.
Você que veio e desorganizou, mexeu, sentiu, sentimos... Mas veja que sua qualidade era tal que não sei como me tomou. A verdade é que a necessidade criada me dilacera agora que já não possuo aquele amor. Sinto falta de risos naturais, de beijos nem um pouco carnais, do calor, do conselho, dos problemas.
Agora que o sentimento ruim dissipou sinto algo pior. E como poderia eu supor, prever o que viria depois... Depois da mentira, depois da verdade, do estopim. Do orgulho que possuímos só sobra duas carcaças, carapaças escondendo sofrimento mútuo. Fazem poucos minutos que viramos as costas, que viramos passado... E já sou assim, extremista, dramática, solitária, nos conhecendo, íntimos da empáfia, não deixamos pra lá, não nos deixamos voltar atrás, voltar pra nós...
Enfim, palavras escondidas, secretas de um alguém qualquer as traças, na sarjeta do sentimentalismo barato, com a taça meio vazia e um cigarro meio molhado, de baba e lágrimas de quem vai te amando depois do ódio agudo...

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