*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

sábado, 28 de julho de 2012

Por baixo da pele.

Estou cansada de tentar lutar contra essa apatia. Me sinto nauseada com a ideia de levantar da cama pela manhã. Ando pelas ruas e marco encontros. Bem, nada disso me anima. Nada significa.
Até meus amigos estão fadados a sorrisos rasos, a desculpas tolas. Venho me enterrando a cada dia nessa grande falta de vontade.
Sinto-me abandonada. E não há etílicos ou químicos que me estimulem. Vejo-me enfadada da vida. Essa que me norteava e fazia sentir agraciada pela simples existência. Agora cada olhar nada mais mostra que mais uma perda de tempo. Perda de tino.
Até as brigas tolas, as pequenas esperanças e os caprichos gastos estão se esvaindo aos poucos pelos meus poros. Sou um recipiente com liquido volátil, entreaberto, espalhando pelo ar essa imensidão de nada que me constitui.
Gostaria de dizer que estou deprimida, chorando pelos cantos, mas não. Me sinto seca, sem perspectivas. Vazia no sentido mais sincero e meu único bem, esse que aos poucos também vejo se perder, é essa minha tara por letras no papel. A minha devoção por sentimentos registrados. Talvez esse seja meu meio de tentar lacrar-me nesse frasco da minha essência, ou pelo menos borrifar pequenos fragmentos de mim onde eles possam se fixar, perpetuar. Quem sabe?
Bem, agora vou voltando a minha rotina. Acordar, existir, dormir. No fim tudo leva a crer que isso nada mais é que morrer. Morrer por dentro. Morrer a cada dia. E nem se importar com isso.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mais do mesmo.

Agora que o fato faz parte da história, é passado e por esse motivo imutável permito-me a pergunta: O que eu ganhei? O que me faz crer que isso é válido já que me sinto um tanto egoísta? No fim das contas estou exatamente igual mas de um modo completamente diferente.Depois de você, meu caro, fiquei definitivamente mais humana e apesar da decepção de não ter sentido tanta dor quanto esperava, tudo a minha volta toma um tom melancólico e até melódico de certa forma. Este fogo em meu peito não vai abrandar por mais que sinta a calmaria tomando conta dos meus pensamentos, mesmo sendo um tanto fátuo e talvez principalmente por este motivo eu sei que está encrustado de tal forma que nunca me deixará. Me vejo estranhamente aliviada com isso.
Minhas velhas falas chegam a ser confundidas com clichês tolos. Mas nunca experimentei assim de frente verdade tão sólida, e o gosto não é de todo mal. Realmente não me arrependo nem por uma fração de momento. Nem por uma lágrima. Nem por minhas entranhas que ainda se contorcem um pouco com a lembrança. Não fecho os olhos pra nada, nem pisco e ainda assim não estou maltratada, ofendida ou me enchendo de doces e lamúrias.
Enfim terminei de ler um livro, fui folheando e entrando na estória sem me agitar ou desprender. Sou tão grata a você que nunca sentirei o desprazer de ver meu amor transformado em ódio. E já não enxergo isso com maus olhos. Te amo, e nada do que tenha sentido, ou deixado de sentir prova o contrário, e por isso continuarei amando de forma afetuosa e sincera. Faz algum tempo não me interesso por sarcasmos ou vergonhas infantis. Continuarei seguindo carregando o melhor de tudo dentro de mim.
Enfim minha experiência provou-se gratificante. E depois de ver nosso tempo passar não me fechei novamente. Estou disposta a continuar sentindo e a me entregar a quem merecer.
Os amores são únicos. E tudo neles é maravilhoso, até as pequenas demonstrações de afeto e as grandes discussões entre lágrimas. Agora ao lembrar de você dizendo que não queria me decifrar, que estarmos juntos era tudo o que precisávamos percebo que não importa que eu nunca me encontre. Vou simplesmente continuar buscando. Porque você me ensinou que esse é o verdadeiro sentido da minha existência.
Beijos. Sabina.

Ps: Obrigada por me mostrar a porta de entrada. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Lamento

E o que devo fazer? Se quando estou aqui, sozinha, só consigo pensar em estar com você. Minhas vontades não me pertencem e o que me resta é calar. Escutando as mesmas músicas de sempre me vejo obrigada a habituar novamente a solidão, velha companheira. E quando nos falamos sinto a saudade mais forte e mais forte também o desligamento. Sinto frio, e nas noites quentes derreto em lágrimas e uísque.
Sinto falta dos meus cigarros. Estou fechada. Só sinto saudade.
Queria ser mais do que sou. Conseguir viver dos meus sentimentos tristes e fazer a dor me trazer algum contentamento. Queria fazer com que o mundo apreciasse tudo isso e que seus pedidos não fossem tão convincentes.
Queria nunca ter recebido essa maldita música. E gostaria em nós todo sentimento que nela está posto. Gostaria de nunca ter lhe dado aquele pedaço de papel e que você ainda recebesse de mim cada traço do que nele era composto.
Agora estou indo embora. Estou acenando e fingindo sorrir. Espero que nos esqueçamos rápido. Que passemos logo. Que meu peito pare de latejar e meu coração pare de bater. A morte soa como lamentável alento.
Só o que busco agora é o que posso ter.
Meu bem.
Meu futuro.
Sozinha.

“E quando nos veremos novamente? Não sabemos. Hoje. Amanhã. Nunca mais. Não importa. É só tempo.”

sábado, 7 de julho de 2012

Efeito

Porque tudo esta diferente agora. Todos olham para você como animal no zoológico. Castrado. Cercado. E como deve proceder? Sua vida é como um relógio, um eterno tic-tac guia teus passos em direção a explosão de algo que está por vir. Muito próximo.

Andando pela casa, vejo traços de passos e gozo. Tento limpar mas nada é fácil, simples, válido. Já estou suja e mais profundo que chegue nada alcanço. É como querer prender fumaça, prende-la com as mãos. A alma simplesmente aceita e regurgita, continua alimentando-se de si, e de passos, e de gozo.

Uma imensa dúvida toma conta desse bicho inadestrável que pretendo frustrantemente. Uma presença vívida que esta de passagem pela minha mente, pela minha alma, pela minha existência cada vez mais subjugada, submetida às vontades da essência. Continuo perdida.

E o velho agradecimento pela inspiração anda cada vez mais raro. Rareado pelas consequências que este ser cheio de opiniões próprias vê chegar como ventania seguida de óbvia tempestade. A mais assustadora. Pois seus conflitos já não mais internos e apesar dela pregar a dor da alma, sentir na carne, experiência nova, lhe causa um temor duplicado, pois refleti-rá em tudo que a rodeia, e que constitue seu ser.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Viver não é sinônimo de enlouquecer...

Pare de procurar se encontrar. Não vê que já esta aonde deveria. Continue seguindo, todo mundo já percebeu que o que tu queres é se perder, e assim você faz festa. Se solta. Se deixa. Larga esse disfarce de lado e me segue de rosto limpo, alma lavada. Deixa essa tua insatisfação pra outra hora. Pessoas passam. Oportunidades também. Esqueça esse medo idiota e tire a roupa. O pudor tira a beleza da inspiração. Mostre suas cicatrizes pra quem quiser, afinal, as marcas da batalha significam que você sobreviveu, e sobrevive. Não tenha vergonha de surpreender, a verdade liberta, não te priva.
E quem mais vai te dizer que o importante é ficar calada, fechada, chorando atras da porta. Deixe de se esconder. Você não é assim.
Dá-me um motivo pra ir embora. Sabes quem sou, estou sempre contigo. Você me quis, me criou, se for capaz destrua então. Me tire do chão.
Está percebendo agora? Então já consegue me ver, já pode ceder. Nunca mais esqueça o que tem de fazer. Tudo foi lindo, apesar de sofrido. Não existem arrependimentos, mas cresceste, e ainda cresce. Agora continua teu caminho. Se livra dessa nostalgia que te paralisa. Esta é a próxima etapa. Sei que ao enxergar ficará feliz. O sol surgiu como prenúncio. Até logo


É fácil pra você?


Me ver subir até o alto pra então de uma vez só cair. Mergulhar fundo e descobrir que sem ar não dá pra continuar. Vender tudo e partir sem ter nem migalhas de pão pra te fazer me seguir. Me devorar e não conseguir digerir nada disso que sinto. Gritar e pedir pro escuro me devolver o que fui. Chorar como criança sem teto, sem verso certo, sem auxilio, alento. Atento.
Parece simples pra você? As decisões que devo tomar. Os sentimentos que preciso ocultar. O presente que necessito guiar. E pra onde eu vou? Pra onde. E porque?
Precisar é minha maior fraqueza. Admitir talvez me fizesse fortaleza. Quem sabe? Eu não. Nem você.
Quem sabe você e eu?!
Então é hora de dizermos adeus. E escolher cada um pro seu lado, e se o lado for o mesmo dedos entrelaçados e diremos juntos. Adeus pra nós ou adeus pro mundo. E eu pulo. E sigo junto esse está-por-vir que ninguém vê. Mas quem fecha os olhos e abre a mente sente.
Estamos aqui pra decidir os caminhos e aceitar o que aparece como fruto desse destino escolhido. Espero não me perder do que mais prezo. Rezo para este algo maior que milhões fazem existir. Peço que me faça ver o que espero, que o que quero se torne sólido, mesmo que eu não saiba exatamente o que é esse "o que".