*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

sexta-feira, 22 de março de 2013

Vermelho.

Já é tarde meu bem. Já é pra mim.
Ontem pensei ter visto o céu mas era só chuva. Só nuvem escondendo o universo.
Pensei ter visto teus olhos mas no fundo eram só capricho. Rio profundo escondendo o mundo.
Quando nos encontramos você sorriu e sob as árvores eu pensei ter encontrado par.
Agora acho graça, rio alto pra desculpar as lágrimas que rolam.
Ultimamente faço dessas coisas motivo. Motivo pra seguir, pra sorrir, pra amar, pra sofrer, pra chorar.
Escrevo incansáveis versos e percebo que isso tudo é medo. E ao ler mais esse meu medo aumenta, mas no meu íntimo nem ligo, assumo. Já conheço esse estado. Sempre fujo, sempre me pego.
Se passa um dia sem que eu te perceba ao redor começo a cair.
Se a luz do celular não brilha as sete eu logo penso onde andará.
Se do nada se torna lacônico em pedacinhos me leva pra um canto vazio, onde afasto tudo do meu coração.
E quando me vejo entregue e você some tudo desmorona. E então vejo que aquela vontade de gostar de verdade era desculpa, mentira que escondia que já te adoro. Já te quero.
E agora o passado me toma, e me lembro desses momentos tão presentes. E dos enfins e fins que a minha vida tomou.
Então penso, falo comigo e espero com a insensatez de menina, esperançosa de que meus planos se cumpram.
Pena que nada acontece como planejo.
E o que me resta? O que posso fazer além de continuar, de esperar que tudo tenha um final feliz?!
A verdade é que ando sem vontade de me frear. Então já não importa mais o que há de passar ou ficar.
E quantas vezes já se foi? Quantos sabores deixando seu gosto amargo e o vazio pela manhã?
Já não tenho dedos ou meios para contar.
Então escolho sentir, me rasgar por dentro.
E com um sorriso no rosto seguir.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Em uma canção de amor, o que há?

E se me enchesse de dedos? E perdesse totalmente o que tenho e o que há por vir?
Se num segundo te adoro, em outro minuto qualquer choro. Já não sei pra onde ir.
Se acredito que te quero. No fim nada resta além de espera.
Se hoje te amo, amanhã com teu sorriso simplesmente me canso.
Se nesses versos enxerga canto, talvez seja o rapaz certo para este tanto, tanto cheia de sentimentos dos quais nem conto, dos quais me espanto.
Se não te largo nenhum momento, logo o sono me toma e prefiro minha cama quente.
Se tua voz me era calmaria, certo dia nela tudo me irrita.
Se me conheço tempestiva e luto de todas as formas para ter-te comigo. Agora já estou cheia deste momento tedioso que tem sido dividir as tardes contigo.
Me dói nunca conseguir estar.
Me dói a dor de querer e não querer ficar.
A vida sozinha não é nada além de saudade e vício.
Sinto falta da saudade.
Sinto falta do meu vício.
Minha sina além da febre branda é sofrer como castigo auto-imposto. No mundo se sentir sozinho.
Abandonado de mim sigo como cão sem lar. Mendigo. Bicho sem abrigo.
Carente de carinho afasto as mãos que me dominam.
Pobre de espírito me delimito a medir o querer em superfície lisa.
Ai como eu te admiro, a simplicidade. Um sentimento num suspiro.
Me perdoe por listar meus mal fadados espinhos.
É que tão somente olho em teus olhos e me vejo mentindo a verdade.
Tomando como minha verdade aquilo que logo mais não sinto.
Desculpa.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Saudade de você

Dos caminhos que nos levam a compartilhar as noites escuras.
Das árvores e do vinho tinto.
De descordarmos e não guardarmos nossas vontades. Ou rancor.
Da amizade que nos mostra inteiros.
Sinto falta de chorar contigo e rir de bobagens.
Adoro como somos diferentes. Como tua calma me invade e minha efervescência te faz sorrir.
Gosto de como você (não) faz a barba, do seu jeito rebuscado de falar e quando me trás novidades.
Espero que você dê de volta a metade dos passos que nos afastam e me espere em um buteco qualquer que eu chego lá.
Espero que a gente faça as viagens que combinamos enquanto divagamos em filmes tolos e sushis no mesmo prato.
Quero pra mim de volta todas as suas dúvidas, sua sabedoria de menino/homem que viveu mais na alma que na própria vida, que ainda é tão curta.
Quero te dar mais uma vez minha intenção, minha boca, olhos e ouvidos, meu abrigo e minhas covinhas de menina boba ao escutar de uma maneira carinhosamente ácida que só a gente entende que tudo em mim deveria te irritar, e que não amaria ninguém mais que fosse assim como eu.
E você bem sabe como meus dias seriam monótonos com alguém como você. Que não fosse você, é claro.
Vamos correr e quem sabe mais tarde dá tempo de um abraço, uma confidência, um trago, um riso alto.
Você, meu amigo, sempre vai ter um pedaço meu. Isso porque uma vez nos táxis da madrugada eu realmente te vi. E agora é simples como respirar esperar mais um dia pra gente "siamá"

<3 p="">

quarta-feira, 13 de março de 2013

A nossa história.

Um dia a gente se encontra
E num futuro distante te conto como foi
Passar pela vida inteira sozinho sabendo o que é procurar por você.
Um dia a gente se vê
E de mãos dadas seguiremos em frente
Porque a vida faz isso, e quando vemos já foi.
Um dia a gente se beija
E as palavras serão substituídas por olhares
E o tempo nos leva sem querermos sair do lugar.
Um dia a gente se desentende
Porque as pessoas são diferentes
E as experiencias nos trouxeram de outro lugar.
Um dia a gente vira as costas
Porque apesar do amor o orgulho é mais forte
E fracos que somos voltamos a nos perder.
Um dia a gente sente saudade
E percebe que além das lembranças nada vale a pena
E nossa distância é só vaidade
Que não vale viver sem o seu querer bem.
Um dia a gente desiste da burrice e corre
E com sorte teremos um último vislumbre do paraíso aqui.
E então graças a Deus.
Então adeus
Adeus a vida
Adeus você
Foi um prazer.

terça-feira, 12 de março de 2013

Amor a vida. A vida que se põe. A vida que se tem.

Andando. Vivendo. Correndo. Pare!
Olhe. Acorde. A paz te pesque e renda.
Mil rendas sobre teu corpo cigano.
Lábios se movendo e eu simplesmente amo.
Me perco na luz deste canto.
Tudo gira. Tudo em movimento.
Canção antiga invadindo o peito.
Os pés desnudos batendo o mesmo piso frio.
Eleva a alma. Acalma o corpo. Desprende a mente.
E de repente sente.
Então não invente desculpas esfarrapadas pra voltar.
E o vento te leve. E você leve já não percebe o peso da vida.
Não me deixa. Não se deixe. Me pega pela mão e vai. E vem.
Cola em mim e diz.
Em palavras indizíveis não saímos do lugar.
Me vira. Revira. Encontra. Que eu canto. Eu grito. E tudo muda.
E tudo vivo. E tudo segue. E tudo aqui.
Se já estamos assim, pra que parar?
Se já podemos nos ver, pra que fugir?
Se já conseguimos tocar, pra que mentir?
Se já sabemos amar, pra que calar?
Se a vida invade o quarto, pra que se fechar?
Só podemos aceitar que as vezes as coisas podem simplesmente acontecer.
E de manhã o sol traz Deus pela janela. E não precisamos saber.
Então que algo mais nos segure ao chão. Porque acho que um passo a mais e vamos flutuar nessa intenção. Intenso.
E a vida não é mais o que foi. E não precisamos saber.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Acorda.

E não é que o tempo passa. As pessoas mudam. E num turbilhão de sentimentos agudos teu instinto paira. Aguarda. Em agonia e gozo o ser humano tenta. Luta. Vai cavando a vida como minhocas na lama, buscando ar. Buscando cama. Leito quente. Amor perene.
E a cada lance o tempo muda. E as pessoas passam. E a cada passo um novo rastro. Novo erro. Ou acerto. Sua consciência é escrava e ama. Quando pensa ter achado a resposta sua cabeça vira. Seu âmago revira e a pergunta muda. Sua boca muda de mil pensamentos abstratos. Sua alma cala diante do abismo revelado. Do movimento impulsionado em frente o ponto final estático. Do momento exato da escolha plena. Pois este é o rei da ambiguidade. Vive a procura. De escolha tola em escolha tola se afasta da verdade. A verdade que tanto busca. É assim, como se alimentasse sua doença enquanto busca a cura. Encontra-la. Mera balela de quem tapa o sol com meias verdades. Meias vontades. Quem se engana com o discuso do leão covarde que habita a caverna escura de sua mente distorcida, disfarçada de cabeça pensante. Então, antes de achar que a sua descoberta foi feita, que suas idéias são tão perfeitas, antes de se desfazer do seu semelhante perceba nele o mesmo viajante, perdido em busca abrigo no coração alheio, pois no próprio corpo por vezes nos sentimos forasteiros. Divida com ele o mesmo medo. Pois eis que somos apenas pedaços de carne vagando. Milhares de pensamentos vagando. E a única coisa real neste plano são as atrocidades e caridades praticadas pelo animal humano.