*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

sábado, 26 de maio de 2012

Anátema

Quando se pegava pensando em tudo o que foi, e em tudo o que podia ser, o tudo aquilo que era lhe passava a rasteira. E se arrasta! Constantemente. Com tudo aquilo que sobrou. Sobras que parecem sombras de um banquete indigesto, nada balanceado de satisfação. Sem salada, sem cor, triste e frio.
Rastros, é o que vê. Passos, só no caminho ao lado.
Ovelha desgarrada, pesaram-lhe a consciência, cabeça adestrada. Joelhos sempre dobrados em orações, submissões e anulações. O nada dobrado.
Sem o jugo do libertador, em nenhum caminho sabe andar. Ainda não pode. Ainda não sabe. Arrastar-se é o que pode, arrastar-se é o que sabe. 
Por falta de alimento jejua o espírito. Dê a carne o que é da carne e ao espírito o que é do espírito. Ainda não se entende.
Infiel!

Por: Jonathan Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário