*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Insensatez

E o que é de fato verdade? Tenho pensado nas coisas que escuto e até no que digo. Me mostram o fato e basta que vire a esquina e tudo se põe, ou seria decompõe?
Sinto saudades do tempo que só tinhas uma face. Que era de toda confiança. Não se mascarava pra ludibriar meu coração. Não se empenhava em fingir afim de me devorar a alma, me devorar inteira.
 Eu costumava me proteger, eu olhava para os dois lados antes de pisar no asfalto quente. Agora corro entre as vontades que me atiram, deixo que me acertem. Que me levem. Aceito tudo por querer sentir isso forte.
Estou vendada e não importa o que eu faça não quero fazer nada. Não resisto. Vou descalça no meio da noite, na ponta dos pés, fugindo do inconveniente para encontrar o que me faz bem. Você.
As vozes na minha cabeça já não sussurram em meus ouvidos, elas simplesmente gritam essas delicias que procuro. Sei que não é minha razão que fala, mas sinceramente, ela nunca me serviu pra grandes coisas.
Lembro de vive-la. E quando estava por ela acompanhada eu mal respirava. Qual sensação poderia superar tudo o que já vivi por ser assim, como sou?
Meus amores. Motivos das felicidades e dores. Não me deixem não. Pois de nada serviria minha insensatez sem vocês meus queridos. Meus perigos. Minhas doses puras de prazer e satisfação. Com quem vou deixando sem pensar pequenos pedaços deste coração. Faça dele o que quiser, eu digo. E só suplico que por favor, não desdenhe, faça dele alguma coisa.
Quando é bom eu vivo. Quando é ruim me inspiro. De qualquer forma este sentir é lucro. Minha estrutura foi criada para assim ser. Querendo e existindo. No fundo do poço, da alma e no mais alto ponto dos sentimentos. Dos pensamentos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ato falho


Assim, perder a fé nos homens me faz mais santo. Mais focado em meus objetivos sem sentir este ar perdido que faz a relevância alheia ser maior que a minha. Se antes me fechava e cerceava as vontades para estar com quem julgava indispensavel, agora simplesmente vivo de forma clara o que quero, pois apesar de tudo em mim ser vontade de ficar o cansaço é maior.
Engraçado estar deprimido. Sempre que as pessoas no mundo se tornam decepção o mundo em si se mostra cheio de oportunidades. É como se eu me vendasse frente as coisas que poderiam me fazer melhor, só para permanecer igual e assim, quem sabe manter tudo a meu redor imóvel, imutável. Que tentativa estupida essa minha, mas creio que sou irremediavelmente assim, como sou.
Gosto de minhas palavras, de fato desferidas, sofridas. E apesar de saber que essas sensações são fases, venho aqui derramar lágrimas para me sentir mais inteira. Nesses dias escuros enxergo com a clareza que a frieza me oferece, e com isso começo a esquecer de tudo que me faz sofrer, ficando cada vez mais vazio, alheio a tudo, até que algum dia quem sabe algo venha me preencher.
Cor

Cinza

Cimento

Ciúme

Céu

Caído

Castrado

Cuidado

Coração

Cortado

Calejado

Corretivo,

Curativo,

Com

Cara

Caricata

Criam

Coragem

Cativas

Contidas

Concebidas

Cem

Conteúdo,

Crente

Creio

Constantemente

Crianças

Corajosas

Cresceram

Cerceante

Confiantes

Conflitantes

Conflito

Conciso

Confisco

Choro

Compartilho

Celeuma

Corro

Contra

Contudo

Cedo

Cedo.


Por: Jonathan Oliveira

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.


Um tanto feliz, um tanto frustrada, um tanto sozinha, um tanto enfadada. Eu gostaria que não me tivesse, não me atingisse, não entendo o que sinto. Não sou mais eu, no entanto ainda me vejo aqui, assim, lutando dentro de mim para voltar-me a meus desejos. É como se minhas vontades tivessem se concentrado em uma coisa só, um frasco delicado, que fracasso esse meu. As vezes penso em como adoraria voltar e fragmentar meus desejos, dividi-los em milhares de beijos, alheios. Gostaria de voltar a centralizar-me em mim.
Mas se isso é o que realmente quero porque simplesmente não o faço? O que quero vai além do que acredito, do que concebo. Fico pensando nos pensamentos de um velho amigo, personagem de uma ilustre estória. Gostaria que existissem universos paralelos onde eu pudesse viver a normalidade dos sentimentos que sinto, como sempre vivi, sem ti e também deixar acontecer este sentimento que me prende e eleva, que me faz tão triste e ao mesmo tempo supre, do qual não consigo mais me ver sem, mesmo considerando o adeus a cada segundo. Mas esses planos não existem. E não posso te arrancar de mim sem antes saber como isso vai acabar, ou continuar. Então minha escolha é me afogar, jogar nessa alegria, euforia tão forte que chega a machucar.
Quero estar ao seu lado, não resisto mais. Meu único medo é vir a querer demais. Estou tão confusa, tenho medo de ficar, tenho medo do não, tenho medo das tuas promessas, da descoberta e da solidão.
Como um ser sem conhecimento da importância de sua existência eu vou. Escolhendo os caminhos da minha natureza, sentindo o pesar dessa minha leveza. Sentindo encravar no meu peito as garras desse que tanto desejo, me vejo entregando o meu coração assim de bandeja, para ser devorado por inteiro, pela simples promessa deste olhar. A cada toque eu imploro que fique e que se dedique a querer me amar.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O amor; uma cura; uma casa e um lembrete.

Depois de passados quatro vezes pelas quatro estações... Nossa casa esta quase vazia. Pinchada de sentimentos que jazem na memória. Fantasmas constantemente confundidos com sombras. Comigo.
A cada estação uma nova ausência, dissecando a tão sólida fusão. Me deixando cada vez mais frio, ao meu amor necrófilico.
Eis a mazela de quem edifica uma alta construção sobre uma grande rocha. Aqui de cima parece não haver como sair. Enquanto a casa estava cheia nada importava.
Pra Sibéria não se mudar pra sala de estar o amor inflamou os móveis, comeu e bebeu. Agora quer me partir, as frias e poucas partes.
Aos que procuram cura, não esqueçam! O amor também é doença, te vicia, te isola, te subtrai e te aniquila.

Jonathan Oliveira
Dedicado a 12/06/12 =)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sobre la memoria


Me diga então as respostas certas. Guarde cores fortes e ventania pra nós dois. Faça valer cada fragmento pois eles custam caro.
Uma moça inerte olhando o pôr-do-sol. Em sua mente tudo vazio. A ultima lembrança da crença na felicidade.
Levanta-se. Já não esta lá. Cabelos caídos sobre o colo exposto. No breu do quarto um sorriso sutil, seguido de um suspiro pesado de aceitação e por fim arruma os tecidos que ornam o corpo. Seus dedos exploram as paredes como caricias procurando o interruptor, a luz. Acha-o.
Senta-se na cama. Levanta. Pega os sapatos de salto e batom, vermelhos. Cobre o rosto com maquiagem. Máscara. Olha-se no espelho. Sai.
Flutua até o bar mais próximo. Acende um cigarro. Cruza as pernas. "Senta aqui que hoje eu quero te falar, não tem mistério não, é só teu coração que não te deixa amar..." Uma lágrima de lápis preto desprende dos olhos, como pequenos pedaços perdidos, ou melhor, jogados fora. Sobras, restos que não podem ser vividos.
O dedo sinaliza mais uma dose de esquecimento, mais uma noite, mas uma.
"Me diz se assim esta em paz? Achando que sofrer é amar demais"


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Amorfo


Não poder querer mais que o casual é cruel. Vou seguindo e pessoas me apontam nas ruas, me sinto suja, despida de meus preceitos. Tenho a mais difícil das decisões, a mais dolorosa das conclusões, ando caminhando pra longe do que acredito. Esmurrando e afastando o que me faça parar. Acho que esqueci o sofrimento, e assim acabo por fazer sofrer, e não me afeto, não me compadeço. Que tipo de ser eu sou?
Não creio que agora sinta culpa, e por isso as vezes me sinto desumana. Acho que é só a lógica que me açoita em milhões de verdades cruas e claras.
Não existe solução.
Lembro das brigas, das juras, do choro baixo. Consigo até recordar o cheiro que senti. O gosto amargo das dúvidas. A insegurança.
E eu xinguei, berrei e chorei também... E agora aqui estou. Do outro lado do espelho. O reflexo de toda decepção que passei. Como mera espectadora, atingida apenas pelos cacos. Imagine ser tomada por inteiro.
Eu não suportaria sustentar os olhos dela. Eu não poderia mais voltar pra casa. Eu não engoliria em seco e assim morreria de fome e desgosto.
E agora de que vale tudo isso?
Esse sentimento que sufoca. Esse desejo de que tudo fosse diferente. Ambos sabemos que esta errado. E que se fosse certo provavelmente eu não ficaria, sumiria na indecisão e solidão, que nunca me deixam. Então creio que assim, acabaremos caminhando juntos rumo ao fim.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Desabafos dedicados ao moço da terceira fila, com o olhar profundo, maquiagem teatral, sinceridade visceral e uma amiga leal do lado...

Nosso relacionamento é assim. Ácido sobre a mesa de madeira nobre, dificilmente corrompível. Mas eu disse "dificilmente" e não impossível.
Nossas verdades atiradas sem pudor. Humor negro. Entendimento. Nós temos um propósito diferente.
Não há nada que não faríamos, que não compartilharíamos, juntos. Nos conhecemos, o bom e o tolo, o mal e o repugnante. E por vezes nos aproveitamos disso para comungar do veneno. Nunca estamos separados de fato, mas também, vez ou outra, a união se torna massante.
Jamais pensaria em dizer que não te amo. Porque a impossibilidade é extrema. Me pergunto como duramos tanto tempo, acredito que talvez se deva ao fato de que ninguém mais suportaria essas idas e vindas tão características.
Ainda pouco li sobre o fim, sobre as únicas peças certas nesse quebra cabeças desgastado e cruel que por vezes tem sido a vida, e você seria de longe minha maior aposta. Pois de tudo que preenche esse copo meio vazio que tem sido minha existência tu serias o bem que eu não suportaria ver passar. A magoa que não conseguiria aguar.
As vezes minha ausência de tristeza depende da tua alegria. E o meu sorriso brota da vontade de te fazer melhor.
Fico feliz que entre nós existam faíscas e que nossos elos sejam fortes, que toleres minhas burras infâmias e eu a tua personalidade seca. Que nos enxerguemos como somos. Defeitos, defeitos, sem excluir as qualidades incomensuráveis que me fazem te admirar. É só que as vezes me dói, e não posso ficar alheia.

Entre doses e dores, um cigarro mofado...

Como pode alguém entender o que acontece sem precisar viver? Admiro meus gênios, mas não os invejo.
Vou viver o que tiver para fazer o que quiser. Seguirei como puder. Sem ou com. Tudo que eu amo faz parte do agora e de minhas lembranças, não quero, ou ouso, exigi-las nesse futuro escuro.
De fato, nem sei mais o que escrevo. Essa é a realidade. O que vem a cabeça quando escutamos blues, rock? Álcool e cigarrets.
Afinal, quem faz o que eu faço as nove da manhã? Quero gargalhar até engasgar, entre risos, lágrimas e nós.
Esse meu veneno, anestésico da alma inquieta, também é minha meia-cura, como as meia-verdades que nos alegram a cada manhã, e nos deixam logo depois de abrir os olhos e lembrar o que esta por vir. Sinto por todo corpo, mal acaba procuro outro.
Ando vivendo errado, torto. Mas esse é o meu certo. Paciência.
Sou pseudo-burguesa, pseudo-assalariada, pseudo-intelectual, pseudo-sentimental. Então por fim o que seria? Uma infinidade de porques sem respostas. Eu diria que uma grande perda de paz para os que tentam definir.
Paradoxo das vontades. Reflexo de tudo que não querem que seja, que se crie.
Esse ser tem sido minha única diversão.
Engraçado como toda divagação ganha forma, fica melódica no coração embriagado...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Porque não em frases faladas?


Quando a fantasia se torna palpável, e tudo no seu mundo vira. Aí se sabe que esta tudo perdido, e você já não é dono do seu domínio. Sua vontade esta marcada, e aquele que simplesmente se arrastava agora não pára, só corre.
É aí que muda o seu ritmo, e já não pensa em estar sozinho, porque a solidão não lhe preenche, abraços alheios tomaram seu lugar.
Sua alma se torna ventania e a sua volta nada mais importa. Nenhum medo pode refrear esse sentimento que te comanda, como magnetismo ele te puxa. Empurra. Encaixa. E você nada acha, nada pensa, só se deixa.
Enquanto não acontece pensar é o que lhe resta.
Talvez tenha ficado em minha mente, ou no teu gosto em minha boca o desejo de lhe provar o seu engano. Escrever sobre você sempre será um prazer, e sempre o farei como meu amado.

Assim...


Crescer implica em mudar de diversas formas. Aprender que podemos estar e aproveitar em todos os aspectos dos desejos que sentimos. Estar assim me faz avaliar os sentimentos de forma diferente. Aos poucos me vejo ficando a vontade com essa nova situação, e se torna uma escolha cada vez mais sincera e cabível estar ao teu lado e deixar de lado esses meus medos.
Apesar do que dizem não me sinto complexa. Aliás, sempre quis fazer da vida algo leve, simples. Daí partem meus princípios, tentando a todo custo afastar as complicações. Não me apegar. Não sofrer pelos outros. Aceitar as idas e vindas da vida. Tudo passa e nada se torna motivo pra queixa.
Difícil foi equilibrar esse estilo sem virar um ser completamente superficial. Pra isso tenho amigos, aprendi a valorizar e as vezes a sofrer por esses que tanto prezo. E até tomando a dor alheia pra mim. Desaprendi  a sofrer as minhas próprias, depois de deixa-las de lado por tanto tempo era como se não conseguisse mais acessar nada.
Era um mal auto-imposto, que doía na medida certa, sem de fato corromper minha existência ideal.
Mas com o tempo comecei a me sentir vazia, buscando algo que de fato me pertencesse. O que quer que fosse.
Estou no limiar. Sinto que pra qualquer lado que vá vou cair num abismo sem fim. Gosto de como vivo, de quem sou e não sei viver de outro modo. E mesmo assim quero coisas novas, aprender a amar e me sentir culpada quando simplesmente não sinto nada quando me repreendem por fazer algo errado...
Quero aprender, só não sei se o mundo vai estar disposto a me ensinar ao meu tempo!