*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quinta-feira, 17 de maio de 2012

hors de moi...


"Não vou me adaptar,
 Muito menos me desesperar.
 Há uma razão de ser para habitarmos este planeta, objetivo definido, missão a cumprir?
 Afinal, qual é nosso papel?
 Sei não,
 Só sei que não vou me adaptar!" 

Reconhecer-se é mais que uma simples capacidade, é uma necessidade. Saber de que você é composto, suas doenças espirituais, seus instintos e desejos... Enfim, mas saber-se por completo é praticamente impossível, e os que tem essa tendência a descoberta, como eu, passam a vida na procura.
Bem, até agora recolhi milhões de amostrar pessoais e um certo tópico me instigou e explicou alguns outros... Não posso dizer que minha infância foi maravilhosa ou terrível, pelo simples fato de não recordar-me de nenhum acontecimento anterior aos meus quatorze anos, ou pelo menos não com clareza e na linha do tempo. Mas em minhas poucas memórias soltas tenho a sensação que não foi lá essas coisas... Sei que eu era o patinho feio, e que as pessoas não falavam muito comigo, é claro que com o tempo eu contribui me tornando uma eximia ante-social. Minha auto-estima nunca foi boa, acho que até hoje me sinto triste com coisas em mim, físicas e as vezes mentais... Mas a diferença é que agora luto contra, ou tento.
Não lembro de ter encontrado alguém com idéias sequer próximas as minhas, era muita bobagem, muita falta do que pensar, do que querer, sei lá. Então me fechei cada vez mais em meu "Fantástico mundo", que era tudo, menos fantástico.
Creio piamente que aprender a viver sozinha tem prós, mas prefiro focar nos contras, porque eles me perseguem. E tratando do que mais tem me importado no momento, cheguei a conclusão que acabei uma pessoa extremamente egocêntrica, outro mal que venho matando aos poucos desde que me dei conta a uns anos atrás. Não é fácil, não é só um anexo facilmente destacável e sim parte vigente de meus atos e  personalidade. E mostro isso em pequenos detalhes...
Não consigo escrever algo que não seja meu, mim, preciso chorar minhas dores e externar o que nunca pude, ou quis... Sempre digo que quero absorver o mundo, misturar, mas agora vejo que não seria pra me acrescentar em si, apesar que essa seria uma das óbvias consequências, e sim porque a partir daí o mundo faria parte de quem sou e então se tornaria mais sedutor, interessante, escrevivel!? Se é isso então me entristeço por ter acreditado que estava me adaptando, quando na verdade venho andando na contra-mão de minhas atuais ideias... 
Voltando a mim (que novidade), sei que sou tinhosa, e nem acredito que de fato queira me misturar, adaptar, mas também não quero me deixar vencer por nada disso, quero derrubar as barreiras, de fora ou dentro, então espero conseguir expandir minha visão de mundo, e nesses anos que se passam continuar aprendendo, como já venho, a me importar com o que me rodeia, e de fato é importante, sem perder a individualidade que me marca, mas transformando-a em algo que venha a meu favor.
 

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