*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Poesia Imediata


Não gosto do organizado, correto, ajeitadinho. Meu negócio é a bagunça, a mistura, de preferência de coisas que todos supõem heterogêneas. Tenho essa pretensão de querer fazer mil coisas ao mesmo tempo mas acabo me perdendo em tudo que faço, é um erro achar que é mero defeito, as vezes é na confusão que me acho.
Os outros me olham duro e de certa forma estão corretos, mas coitada de mim que não sei viver a regra. Até minha inspiração surge na inconveniência, na pressão, na pressa, quanto mais ócio me é atribuído menos escrever me interessa. Quando estou atribulada, atarefada é que a vontade me inventa de aparecer... E eu que me acostumei a não deixar a chance passar apenas acato ao desejo, até nisso, em minhas necessidades inatas, sou mimada.
Sorrio toda vez que escrevo essa palavra, acho que é pelo fato de não acreditar muito que a escrevo. Não gosto de me apresentar dessa maneira, na verdade acho que a palavra que melhor me define é agora, sim, é isso, sou imediatista.
Imediatista de conclusões, sensações, gostos e sons. Imediatista de sentimentos, de pensamentos e inspirações. E é claro que por ser assim a única coisa imediata que me rodeia são frustrações.
As vezes não... Neste texto decidi não lamentar lamentáveis histórias, ou reclamar desse mundo que não responde aos meus berros desvairados por atenção e um pouco de beleza. 
Não!
Estas palavras que escrevo tão atenciosamente quanto o musico dedilhando seu violão, melodias em um barzinho sem iluminação, são para demonstrar minha gratidão. Agradeço ao tempo, e a experiência que ele carrega e me entrega, as histórias que me revela pra escrever, as mudanças de humor, minhas quatro estações e as mudanças que só são possíveis pela imutável realidade desse rio que é a vida, que esta sempre se metamorfoseando, mudando. Mas principalmente a paciência... Que esta garota do já esta aprendendo a ter.
Fecho os olhos quando tudo parece inacabado, torto, errado, não represo as lágrimas, imediatas caem, mas a brisa rara, rala em meu rosto me trás algum conforto, mãos e braços que me abraçam e secam meu rosto. Esperar é meu desafio, e a cada dia estou esperando na impaciência, minha arma é a contemplação, admirar é meu contento, e divagando sobre isso consigo conviver com meu amigo tempo. 




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