*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Inflexão

Pelas minhas contas já morri algumas vezes.
Já tá ficando chato, morrer ficou comum e também comum abrir os olhos.
Todo dia a gente nasce diferente.
E mesmo vivos nessa morte iminente
De acordo com o corpo nos vestimos.
Perdi um tempo tentando fazer da morte vida.
Sem água, sem pão, cama vazia.
Mas o corpo não pede pra respirar.
Ele respira.
E no espelho a definhar me esquecia.
Sentia dor quando saia e o conforto do leito fazia o cheiro podre ser o menor problema.
Mas a mente me levou de volta a vida.
E de volta percebi que toda vez que pensava que existia outra vez morria.
Decidi tentar viver.
Cancei da gangrenada vida.
Minhas mortes tem nomes e rostos.
As vezes amores, as vezes família.
As vezes o mundo.
Tão pequena me sentia.
Deixei tudo que tinha.
Com medo e sozinha segui.
Resolvi largar o medo também, ele muito pesava e de nada servia.
Sozinha segui.
Agora descobri a liberdade do nada.
Nada pra fazer, nada pra ser.
Sozinha tenho escolha.
Escolher pelo que viver.
Viver de verdade pra no fim morrer.
Uma ultima vez.
Adeus.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sem foto. Sem cor. A dor é a dor. A tristeza bonita é poesia.

Te esperei entre taças de vinho.
Melhor teria sido a garrafa inteira.
A minha mente levemente embriagada começava a mentir, e eu achava graça.
Esqueci os gritos na minha cabeça. Estava calma/mente.
Por um segundo não havia motivo. Busquei teus lábios. Vazio, silêncio.
Preenchi-me inteira de lembranças. Porque é sempre assim que nós fazemos.
A gente primeiro corta e depois sangra.
Fiquei com medo de respirar. Me mover e tudo deixar de ser.
Ainda havia um resto. Eu vi a esmola de nós dois.
Como não chorar?
A minha vontade de te olhar acabou naquele instante. Só eu saberei qual foi.
Parede de pedra, levou meu ar.
A minha súplica foi ainda mais cortante. Humilhante.
Como não se humilhar?
Em um dia desaprender de gostar?
É o fim. Não do amor, mas do amar.
E eu cansei de esperar nesse rumo.
O ciclo acabou e eu larguei tudo. Não podia ser mais literal.
Primeiro abracei. Uma ultima vez daquele jeito.
A tua pele me feria. A dor me fez te soltar.
Antes de ir eu olhei, sim, para trás.
Como não olhar?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Querido Papai do Céu

Quem sabe um dia a velha alegria me faça sorrir...
E nos caminhos mais incertos eu encontre o q preciso
E que meu vício se torne válido
Meus amigos cada vez mais próximos
A garrafa de vinho mais barata
Um pouco mais de amor e um pouco menos de ópio.
Que viajar seja só diversão...
E que no fim das contas eu escolha ficar

A menina dos olhos de mar

As vezes, e só as vezes, uma pessoa nasce com olhos de mar.
Antes mesmo de passar pelas coisas da vida ela tem imensidão no olhar
Quando ela chora dói mais do que qualquer outro ser humano
Mas suas lágrimas curam qualquer desengano.
A minha menina veio ao mundo assim
E as vezes parece que o mundo quer machuca-la e faze-la sangrar
Sua bondade lhe deixa indefesa
O mundo apenas quer se curar.
Essa menina já é mulher agora
E as coisas da vida lhe deixaram cansada
A cabeça pesa cheia de entulho
O coração se embebe dela pra continuar.
Ando capenga sem minha menina
Minhas lágrimas de tristeza só fazem sujar
Pena que ela se foi pra tão longe
Mas é melhor, ela foi se amar.
Menina, mulher te faço um apelo
Perdoa meus olhos de rio tão escuros
Ele vê a pureza com certa malicia
Ele pega o amor e esconde no fundo.
Meus olhos barrentos são invejosos.
Meus olhos queriam se encher de você
Aqui nos meus braços tua pele destoa
Meus espinhos te tocam mas amo você!
Agora o tempo já se foi com a mulher
E o fim esta próximo pra mim e pra você
Meu medo senhora é ficar tão sozinha
Sozinha do verde desses olhos profundos
Me arrepender uma última vez neste túmulo.
Espero que lá chore por mim e me limpe de tudo.
Sinto saudade, saudade de tudo. 


terça-feira, 23 de julho de 2013

Faísca

Andou em todos os lugares.
Buscou no olhar todas as respostas.
Vagando. Viveu. Ah vida.
E a cada noite cuspiu em um prato. Nunca repetido.
Chupou limões e lábios sem sentir a diferença.
Caminhando perdeu as crenças.
Sem fé seguiu sozinho.
Não tinha pai, mãe, irmãos ou abrigo.
Mas tinha fome de pão e de vinho.
a carne só lhe era vauvola de escape.
Nunca deixou de ser homem. Para isso antes precisaria ter sido.
Nasceu bicho. Viveu bicho. E morreu.
Não fez falta.
Não foi corpo. Só carniça.
Almoço de urubus e corvos.
Nada de 7 palmos.
Nada de choro histérico.
Nada de epitáfio.
Abaixo somente o solo.
As engrenagens nunca pararam. Não para percebe-lo.
Era mais um escorraçado.
passou direto. Despercebido.
Nem se deram o trabalho de tira-lo do caminho.
No fim apenas uma faísca ao vento.
Ou um nada. Invisível.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Clareza noturna

O que se passa?
Aonde está?
O que deseja?
Vejo teus olhos duros, secos.
A vida fez isso contigo.
Mas não esquece o que já foi visto.
Você sabe aonde achar.
Tão forte. Tão bonita.
Parte a casca. Vem olhar.
Frágil menina. Doce menina.
Criança escondida, perdida.
Assustada com a velocidade dos dias.
Quer se encontrar.
Se procura no espelho, nas ruas.
Vasculha o corpo inteiro.
Um mundo de pele a se apresentar.
Volta pro centro.
Se vira do avesso.
Quando visto de dentro. Visto inteiro.
Do que és feito?
De vontades. Anseios.
Do teu lado doces Beijos.
Quando esbarra em teu peito.
Olhos negros. Outro beijo.
Se envolve.
Muitos braços. Muitos pêlos.
Se desprende do que busca e se perde em volúpia.
O cheiro do incenso e do sexo ludibria.
O ritmo aquece o corpo inteiro.
Enfim, ali se sente inteiro.
Com mel passando dos lábios aos seios.
Em orgasmos enverga a insegurança.
E ofegante garante seu sono.
Seus sonhos flutuando longe.
Sentindo toques. Sentindo cheiros. Em sua nuca saliva e uma mão em seus cabelos.

Destino do vento

A verdade é que nao sei o que você quer.
Não sei o que você pensa.
Enquanto sinto que te conheço, você nega que me enxerga. Me deixa aflita.
Você é a dura rocha. E eu sou o próprio ar.
Enquanto danço no tempo e me entrego inteira, você não sai do lugar.
Assim, sempre o mesmo, em tudo se faz confiável.
Mas de mim nada entende.
Diz que não me conhece, não vê, nada se prende.
E meu coração descontente se põe a sangrar.
Sim, sou leve mas não vazia.
Empurra tudo pro canto e me preenche de ti. Toda tua honestidade me tira o ar. Sua verdade é dura e as vezes machuca.
Perco o fôlego com teu beijo.
Sinto dor, força, paixão, desejo.
Mas quando me olha nos olhos me vem outra coisa.
A força que no toque me lembra paixão, no olhar desconfiança.
E quando digo o até então indizível não me respondes. Não corresponde. Sinto que as vezes em vão.
Tudo de mim está sobre a mesa.
Toda destrinchada em pequenos pedaços.
Servi meu coração na bandeja de prata.
E ainda não me compreendes?
Você diz que até ver o que procura o que faço é mentira.
Tenho medo de falar e nunca acreditares.
Como faço pra confiar neste sentimento verdadeiro? Se sozinha me entrego. Te dedico minhas lágrimas. Me atiro.
Começo a acreditar que serei a única magoada. A única ferida.
O ar não se protege.
Aprendi a suportar a dor, lamber as feridas.
Mas que vento sentimental.
Tem alma de artista.
Faz tempestades em copos d'agua.
E do amor não vê saída.
O jeito é abrandar. Até encontro um estranho prazer nas idas e vindas.
A cada solavanco que a vida dá percebo que não estou morta.
Para o vento viver é acreditar que o tempo vai colocar tudo em seu lugar ou simplesmente deixar flutuar até encontrar a saída, algum lugar bom, seu destino. Aí está...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dias quentes, corpos frios.

Se este é o fator então está ferido;
Nos braços de Morfeu seu único abrigo;
Rio de lágrimas para se banhar;
Barca furada, tenta navegar;
Coração ferido para curar;
Ilusões para amar;
Utopias para desejar.
Mente vazia e devagar;
Um peito apertado;
Uma garganta sempre seca;
Um querer, assim, latente;
Desistiu
Reprimiu.
Quarto escuro, existência fechada;
A vida resumida a uma caixa de restos mofados.
Subsiste
É fato.
Não se move;
Não levanta;
Tudo é fardo;
Tão cansado,
Não reclama.
Cama nunca feita;
Deitado simplesmente se deixa.
Morto ainda em vida.
Que vida...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Resposta

Deve ser mais fácil atacar para se proteger.
Você se esconde e mente pra mim e quer que fique tudo bem?
Se faço tudo igual talvez seja hora de me deixar
E se for não volte por favor
Já cansei de viver as mesmas coisas
Lembrar de você é esquecer de viver
Os sentimentos sempre aqui
As rimas sempre assim
Se eu não seguir como espera que eu mude? Que eu cresça e melhore o que tem aqui.
Qualquer um percebe que eu sempre me frustro e é sempre por querer
Sempre soube que tinha vários rostos
Percebi no toque e no gosto
Você é amargo e as vezes doce
Agora se afasta, diz que não quer me ver
Então porque ainda rouba minhas coisas?
Porque se preocupa em me ofender
Por experiencia própria, isso não é esquecer.
Você diz aos seus amigos que foi só diversão
Quem se divertiu?
Me pareces bem irritado. Não foi você então.
É só a mais clara conclusão. Não me machuque, só o que fiz foi ser sincera com você.
Porque parece impossível pra ti me deixar em paz.
Me esquecer de vez.
Só pegue na mão dessa aí ao teu lado
Beije-a a noite e não perca tempo suspirando por mim
Olhando minhas fotos, sentindo meu cheiro
Esqueça o que houve
Foi tudo um grande engano
E sinceramente, nós juntos foi o pior deles.

Um Ode aos que merecem!!!


Não sei se entendo o que vejo
Se olho só o que espero
Se busco aquilo que quero
Quantas vozes a gritar
Quantas causas a buscar
Tantos pés a te pisar
Nada faz muito sentido
Pessoas marchando sem hino conhecido
Nada aprovado
Ninguém sabe o que chegará
Não pense que a pressa é fácil
Não olhe sem fé, com descaso
Não vire e nos largue no chão
Pra quem não conhece o motivo pode parecer somente confusão
Ma quem trás o fogo na garganta
Já sabe da dor e da luta
De tudo que tiram sem dó
Mas de coitados esse povo não quer ter nada
Se tuas palavras machucam nosso protesto vai ser navalha
Cortaremos seu ego em dois
Chamaremos quem puder pra rua
E é hoje que fazemos história
Nossos ídolos já diziam "Viemos pra incomodar"
E esperamos invadir suas casas
Espalhar seu lixo na cozinha
De vergonha e lama te banhar.
Não espere se limpar com dinheiro
Quando sai da boca e educação de um milhão de brasileiros
Isso só vai te desgraçar!
E chega de pão e circo
Chega de ilusão
Não queremos o teu espetáculo
Cansamos de ser palhaços
Agora queremos ser tratados como cidadãos!

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Mentiras sinceras me interessam"

E o que eu posso fazer? Se me camuflo de engano e falo tanto que chego ao absurdo de acreditar na verdade que só me convém.
Mas como pode ser absurdo se sinto o peso e só espantando me sinto seguro. Sopro pra longe como vejo, indevido.
Cautelosa vou te olhando, e nada vejo. És um reflexo, uma idéia. E vou degustando e mergulhando nas palavras que desejo ouvir. E de resto tu me escondes.
Cada calafrio disfarço de doença. Cada lagrima trás o nome de uma substância. Doença feminina. Nenhuma trás teu nome.
Como te chamo é outro erro. E mesmo não sendo o que no fundo eu já sei, te fantasio e crio mil detalhes. Meu contentamento sou eu quem domo. E na verdade se teu corpo desaparecesse não sei o que faria, nem se perceberia.
Já és mais invenção que verdade. Em pensar que tudo começou no intuito de ficarmos juntos.
Sendo sincera nada mais tem sentido. Porque mesmo em teus braços não estou contigo, nem cheiro tu tens, nem alma me vem. Só serves de espelho.
És mero objeto. Argila sem forma, que serve para me acalmar nas noites frias. Um boneco oco. A navalha que uso para me cortar. Desespero.
Agora pra que palavras? Se és nada. Nada que entenda. E sem entender nada continua a ser. Eu continuo vazia.
E por fim ganha significado.
Enfim. Bom pra você. Te dei o nada que me preenche. E agora já és.
Tristeza.


sexta-feira, 31 de maio de 2013

Atirei. E simplesmente. Sozinha. Me feri.

Roubei-te coisas. Muitas delas você nunca percebeu. Me pergunto se realmente precisava delas. Esse pensamento não me justifica os atos mas reconforta de certa forma. No começo foi por raiva. Me vingava. E a cada traição, a cada falha me fazia dos teus pedaços. Sorria com descaso e você nem imaginava. Depois virou obsessão. Tentei parar. Compulsão. Fiquei doente. E a cada parte que tirava uma minha se perdia. Sentia mais dor do que saciedade e não saia. Aquilo virou rotina e por fim me consumia.
Minha garganta sempre seca. Minhas pernas sempre bambas. Não tinha sofrimento que me fizesse que doesse mais do que minha infâmia. 
E no fundo eu te amo. E foi esse o motivo. Te ferir e abrir caminho. Não faz sentido. Assim tentar alcançar o teu carinho.
Mas sempre me magoava. Nunca estendia as mãos. Quando teus olhos me miravam, o peso da conclusão.
Me disseste onisciente "Eu sempre soube da confusão". E eu sem entender o porque desta ação. Me deste o pior castigo. Tiraste meu coração. Minha dignidade espalhou no lixo, fétido pelo chão. Fiquei suja. Com nojo de mim mesma. Era isso que queria? Me tornou o bicho que tanto odeio. 
Fiz coisas horríveis com tuas fotos. Um boneco cheio de agulhas por aí. Teus bens estão em bares por toda parte. No fim das contas nada disso tinha efeito em qualquer pessoa, só mesmo no ser deprimente que me tornei.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Quando dei por mim, nem eu estava mais ali.

Enfim parei. Percebi as silhuetas na rua escura. Uns passos a mais e talvez. Eram as mesmas. Talvez não.
Em você enxergava porto. Via nuvens. Não era chuva.
Agora a alma chora. Do que adianta, lágrimas no solo infecundo. Nas dificuldades rachaduras. Saio logo.
Tento recordar o caminho, mas não existe volta. Não há mais lar. Ninguém esta lá.
Não importa dia ou noite, as estações, minha lua ou a posição dos astros. Nisso tudo só existe você e eu lamento.
Bateu na porta. Deixei entrar. E ainda assim me senti invadida.
Se fez em luz. E no fim já era a soma de todos os meus fatores. Levou tudo de mim.
E nem tive tempo. Nem vi a tempestade chegar. Apenas o vazio. Mergulhei sem pensar.
Como eu poderia pressupor, depois de todo aquele ardor.
Boa metáfora. Mas agora esta fora.
E por fim o fogo que eu via não só ardia, como paixão. Era tudo que nos consumia até virar pó, um simples borrão.
E do amor o que sobrou?
Palavras e dor.
O dessabor. Sem nenhum perdão.
Metade de algo que nunca foi.
E se foi sem explicação.

O bom profeta.

"Faça (pregue) amor, não faça (pregue) guerra"

Por baixo da pele há força.
A cabeça, uma bagunça, esconde em baixo do tapete a parte boa.
Seu coração bombeia amor a toda hora.
E embora toda decepção machuque, não vai embora.
Nos olhos a verdade que nem se sabe está exposta.
E a cada minuto, a cada hora se perde e se encontra com a resposta.
E ainda que a respiração lhe falte e ninguém mais entenda o que esta sentindo.
Existem as revelações, ações, pessoas que aparecem em forma de alento.
Nada é mais substancial que a própria existência.
E ninguém entende a importância do ser diante de toda decadência.
Por vezes perdi a luta, mas não esqueço que também ganhei.
Dentro de cada homem existe um lobo, um predador, que pode lhe devorar ou lhe acompanhar.
Lhe fazer bem.
Não esqueça para que foi feito.
Não se entregue, não rasteje então.
Aguente cada trapo atirado sem dó.
E devolva em forma de amor.
Em fortaleza para o seu irmão.
 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Versos perdidos.

Três noites sem dormir.
Desisti de esquecer.
Os lábios que ao surgir.
Me fizeram enlouquecer.

E já não consigo mais comer.
Vivo tentando respirar.
Desejo em uma esquina conhecer.
a dona dos lábios e do olhar.

E então desvanecer 
Não querer sair de ti
Em um toque simplesmente saber
Que minha casa está aí

Fazer-te sentir todo querer
Até saber do meu amor
Mostrar que este desejo se faz merecer
Que em minha boca encontra todo sabor

Só o que quero é zelar por teus sonhos
Mesmo menino, conheço a dor
Dormindo nos céus, olhe pra estes tolos 
Que só procuram encontrar a plenitude do amor.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Inconstantemente constante. Devaneio.


Tudo em mim é inquietude. Passo por tempestades.
Quando enfim a calmaria me alcança. Doce engano. É como um suspiro.
Um descanso.
Meu coração pára e dispara. E nessa marcha vai seguindo.
Chego a conclusão que parte daqui. Que nada externo é o motivo.
Crio meus fantasmas. Crio minhas alegrias.
Pessoas, lugares, amores. Meros enfeites. Alegorias.
Não! Não é assim que funciona. Mais uma vez a dramaticidade toma conta de mim.
A verdade é que de nada entendo. 
Minhas horas cheias de promessas, nunca se cumprem, e ainda assim sem fim.
É muito íntimo. Tanto que não sei como chegar lá.
Minha inspiração vem em baforadas. E não sei aonde esta.
É confuso. É complexo. De perto chega a ser covarde, patético.
Mas é verdade. É intenso. É bem mais do que um espelho.
Gente forte. Gente fraca. Gente burra. Inteligente.
Da onde tiramos essas embalagens, o que nos define por completo?
Então por um segundo senti a definição. Epifania.
A existência é uma obra inacabada, sem espaço pra conclusão.
Assim como meus planos nunca tem fim. 
Nada esta pleno, ainda existe tudo por vir.
Tudo diferente. As vezes semelhantes.
As vezes é fluído. As vezes inconstante.
O jeito é seguir. Sentir tudo na pele.
Entender o que esta aqui e esperar que algo bom nos leve.
Mas como sou eu fazendo o que desejo. E neste momento posso decidir. 
Tenho um texto em minhas mãos. Na cabeça uma breve conclusão.
Viver é o conselho mais antigo. E por fim, neste enfim faz algum sentido.
Dou graças a Deus por me ceder este dom. Pois escrevendo enxergo o lado bom.
Saiu da distração. Me concentro e consigo sentir o que tenho e não é em vão.
Então me permito por um fim. É um ciclo que se vai.
Até a próxima dúvida surgir. E eu me trancar em poesia por não ter pra onde ir.
E não existem reclamações. 
Pois pra mim poesia é liberdade não é prisão.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

E eu simplesmente não resisto. Respirar e transpirar você.

Se ao anoitecer vislumbro teu rosto, 
amargo é o momento que a escuridão me toma o tempo. 
Se é nesse instante que sinto teu gosto, 
que ele parasse em um querer eterno.
Se insinua que não vejo do que é feito o que vivemos, 
saiba que minha ingenuidade não ultrapassa a pele. 
Estamos fadados a um desejo intenso, 
com palavras inteiras, 
que queimam e não se desfazem em ilusões efêmeras.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bilateral.

Em uma carcaça demônios habitam. Se esgueiram nas sombras tentando encontrar.
Um motivo, um lugar, um caminho. Pra fazer sua vida virar.
Eu te amo assim sem porque, puro e claro. Saiba que meu sentimento é maior do que pode crer.
Mas lá no fundo uma voz me aconselha. E coisas terríveis desejo fazer.
Deuses de Ébano a minha frente. Em danças ilícitas a me derreter.
Eros e Huitaca me levam pra longe. É de vinho e carne que se faz o homem.
Minha promessa me pesa, o que devo dizer?
A cada segundo me sinto mais fraco. A cada segundo minha vontade cai pelo chão.
O cheiro dos corpos grita meu nome. E eu anseio provar mesmo que seja em vão.
Como contar-te agora o que sinto? Como mostrar que não muda o carinho?
É só que o mundo evoca o meu íntimo. E dentro de mim existe algo maldito.
Eu brigo, eu xingo, eu faço de tudo. Para prender-me olhando em teus olhos.
Eu sofro, eu choro, eu já não sei o motivo.
O medo de perder-te ou a privação do profano a este ser nada divino.
Deixar-te agora não é escolha. Levaria de mim a luz, o abrigo.
Tudo que tenho de bom em um suspiro, perdido.
Mas a cada dia fica mais forte o pedido.
E meu centro me faz cobiçar a luxúria.
Do pecado desmedido me torno escrava.
De joelhos vou negando o destino escolhido.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um ano. E mais nada.

Me sinto presa. Dentro desses dias tão bem delimitados que não passam. Me perco mentindo que vou seguindo, na verdade vivo marcando o passo.
Me sinto distante. É estranho porque como disse antes vivo ligada, amarrada a esse instante. Como pode ser assim tão presente, aparente, se tudo que vejo é o vazio na minha estante.
Me sinto confusa. O que quero, o que sofro, o porque dessa suplica?
Me sinto pedante. Pra que tanto alarde, tanto barulho por uma dor que sustento faz tanto tempo? Na verdade faz parte, e em mim tudo se guarde. Porque por mais que eu grite, quem me interessa não liga, não me invade.
Me sinto desnecessária. Quando tudo que eu faço é sofrer calada, quando minhas amarras não sentem minha falta. Covarde que sou me faço de forte, coitada.
Me sinto sozinha. Meus amigos não me fazem carinho. Não percebem que é deles que preciso. E no fim passam os dias tão longe. Sem precisar de auxilio. Sem desejar. Eu.
Me sinto sem chão. Quando tudo que faço é sentir nostalgia. E perceber que tudo se perde, tudo caminha. E os velhos tempos ficaram pra trás.
Me sinto cansada. De ir e voltar tentando achar a resposta. De olhar o rio buscando a mesma fração de alegria. De vigiar o sono da minha angustia que acorda quando penso. Peno. Em agonia.
Não quero mais me sentir. Só busco agora distração. Se tem lugar pra onde ir, se não tem não busco explicação.
Os olhos e lábios vou contemplar. Não tenho palavras pra esperar.
E se tudo não passa de ilusão. Verdades imutáveis não entram nessa canção.
Foi tudo lindo mas agora adeus. Boa sorte e que mudemos de uma vez.
Que eu consiga me livrar dessa maldição. De tentar viver sempre a mesma emoção.
De vocês. De mim. De nós.
É a última estrofe. Acabado entre nós... E agora você liga?
E então?


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Por favor me escutem.

Se eu conseguisse fazer entender.
Algumas coisas maltratam meu coração, digo isso não por sentimentalismo ou para ficar dramático, mais por uma dor real, de um buraco que sinto nessa região e que espirra sangue e pus cada vez que alguém diz algo que não vai muito além de superficialidade (na minha opinião) ou de dogmas tão antigos que se enraizaram como ervas daninhas no coração das pessoas, pessoas boas até, que ficam cegas e sem saber se tornam ignorantes, intolerantes.
Pra mim as pessoas boas merecem ser felizes, gente que não machuca e não tem a intensão de denegrir nada nem ninguém. Se vocês soubessem, se vissem como é, então quem sabe.
Juro que não é uma tentativa de diminuir quem discorda ou de tentar aparecer, mas sinceramente, não acredito que pessoas escolham sofrer homofobia, e que não, não significa que ser diferente seja uma doença que necessita de cura (senhores pastores e padres). Acredito que as pessoas se procuram, e honestamente que não escolhem quem amar. Se ganhasse uma pessoa mais tolerante no mundo a cada vez que escutei de uma pessoa gay que preferia ser "do jeito certo" "gostar do sexo oposto", que simplesmente não pode evitar e que se fosse uma escolha não optaria pelo sofrimento. Então, minha gente, teriam tantas e tantas pessoas conscientes no mundo que me dá até vontade de chorar, de gritar de raiva. Mas não posso, ninguém pode, senão podemos ser atacados, as pessoas poderiam atirar pedras em nós, nos espancarem nas ruas, tiros, socos, escárnio, morte.
E o que fariam as autoridades? Não sei aí, onde você esta lendo, mas aqui eles pegam os corpos, jogam no camburão e levam pra não sei onde. Sai uma pequena nota no jornal, não encontram os assassinos (isso porque essa atenção só é dada em caso de morte, nada abaixo disso teria o impacto necessário), as pessoas se horrorizam por uma semana então esquecem e a vida continua.
E se horrorizam porque? Pelo assassinato em si e não pela intolerância, porque no fundo a maioria dessas pessoas é. Como me dói não conseguir conversar sobre isso nem com meus familiares, pessoas que amo.
"Bicha, Viado, baitola" Realmente é isso que vocês querem que as pessoas, seus filhos reproduzam?
Gente, nesse exato momento não quero que ninguém aceite, que ninguém pense que é uma espécie de apologia para "fazer a cabeça dos mais jovens, para faze-los "virar" homossexuais". Só quero que tentem conviver se não podem entender, que tentem respeitar se não podem aceitar.
Que deem o espaço que as pessoas, cidadãos como todo mundo, merecem.
Gays podem trabalhar!
Gays podem ter voz!
Gays podem viver em paz!
Gays podem querer constituir uma família!
Podem amar!
Podem andar de mãos dadas e se beijar!
Gays tem deveres para com a sociedades não por serem gays, mas por fazerem parte dela.



segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Não tema! Esse é o reino da alegria"

Eu realmente não esperava chegar aqui. De cada passo mal dado que dei um bom destino enfim. E então parece que todos estavam errados e um monte de bobagens podem realmente te deixar tonto e perdido, aí você sem querer tropeça e caí de cara no lugar certo. No peito do amigo, e faz daquele corpo abrigo.
Então nada daquele papo faz sentido, e você tá pouco ligando pro vestido rasgado. Você não liga de ser tachado de puta, de vagabundo, de mendigo fora da lei. Você só quer abrir a boca e sentir o gosto da chuva na praça da república. Você só quer se esconder em um coreto e sentir o sal, o suor do teu amigo, do teu abrigo. Você só quer se divertir.
E uma coisa leva a outra, e outra coisa leva a um. E enquanto as mãos se entrelaçam e os pés sentem o chão gelado e um arrepio difuso, sem motivo claro, o frio ou a língua. A boca sem aviso acha a boca, sua igual, a língua sem surpresa invade. E a respiração entrecortada trás o movimento, o ritmo, a poesia esta na forma que se mexem no escuro, que se encontram na lama, na alma.
Seu corpo já não é corpo, você transcende. E responde sem nenhum medo, sem hipocrisia, sem respeito. Bate no peito e diz: Eu não sei o que quero!
Me deixe viver. Me deixe saber. Me deixe esquecer toda essa loucura, essa pressão de crescer. Parem de espalhar a palavra. O que é certo ou errado ninguém vai saber. Parem de empurrar e me deixem parar.
Senão eu forço a barra, corro entre os carros, me jogo, me drogo e tudo fica nebuloso.
Não me façam. Não me causem. Não me expliquem pra mim.
O sabor dessa vida concedida só eu vou fazer, só eu vou seguir.
E no fim o que me resta fazer é o que pinta na hora.
Essa foi minha hora de escrever. Pra não explodir, pra não enlouquecer.
Pra ser feliz. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

E vai seguindo infeliz o mesmo ciclo.

Eu tenho medo.
Estou apavorada diante da inconstância.
Se o que te atrai é a simplicidade, te conto que as vezes ser rasa cansa.
Se o que te agrada é o frescor do hálito virginal das manhãs plenas de certezas,
Então te apresento a amargura das minhas tardes de dúvida, das minhas profundas tristezas.
Se o que te trás é o sorriso no rosto, o abraço quente e terno, o olhar compreensivo, o proteger que te dá paz, quase materno.
Agora meu querido lamento dizer-te que as vezes choro e fico fria, me desespero, machuco quem amo e não protejo nem a mim mesma.
Quanto mais o tempo vai, mais a chuva cai, mais meu peito dói.
Aos poucos os véus se dissipam e os corpos se identificam, e a imperfeição se torna real demais.
Com os dias é fatal o desgosto.
O que move o amor é o rosto, que carrega em suas memórias.
Cheios de saudosismo continuam a trilhar o caminho, seguindo a ilusão do passado, uma nova ilusão o destino.
Me trai, busca lembrança em outra casca.
Me ataca, me rasga, suga outra alma.
Cata juventude dos desavisados.
Seduz, és inimigo disfarçado.
Agora percebo a ironia que canto.
Se me seduz em olhar, te seduzo o mesmo tanto.
Se o monstro se revela em você, acabo por ter-te como espelho.
Se roubas-te a minha flor secreta, roubo mil outras por castigo.
Punida pela mesma vergonha, punida pelo mesmo segredo de outro, escondido.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Na lama...

Sinto que sinto algo mas não o sinto completamente.
Existe algo que me incomoda mas não entendo a sua fonte
É como se uma vontade de esquecer me devorasse mas no fundo finjo querer lembrar.
É como estar em uma batalha, um constante impasse, a me debater e a relaxar.
Vejo que nada enxergo e que no fundo nada espero.
Penso que na verdade estou vazia de pensamentos.
Como cada pedaço indigesto só pra ver se passa o nó na garganta.
Mas no fundo me desespero com o excesso de paz que isso me causa.
Cheiro cada perfume mas não há um sequer nas minhas lembranças.
Escuto as mesmas músicas, mas nada ouço e nada me cansa.
Escrevo e uso sinônimos para entrar de vez na dança.
Mas quem é que vai querer dançar comigo pela eternidade a mesma música?
Por fim me revolto e me devoro regurgitando a mesma ideia.
Com outra cara, com outra raiva minto dizendo que renasci das cinzas.
Pobre alma plastificada.
Mesma história.
Mesma sina.
Não me diga novidades, pôs te falta a capacidade.
É tudo falso, é tudo velho, é tudo passado.
É tudo mentira!


segunda-feira, 1 de abril de 2013

E num turbilhão abstrato te extraiu em sentimento e palavras. Você aí encrustado em mim.

Preciso dizer que não costumava marcar as datas.
Olhar pros lados.
Buscar no espaço, espaço para dois.
Esperando em tempo retilíneo.
Comendo os pedaços da vida devagarinho.
Pra sobrar caminho pra nós dois.
Eu não olhava nos olhos mais de três segundos.
Não aceitava a dor da saudade.
Só me incumbia de esquecer o destino.
Passava solta, como areia entre os dedos dos amantes do mar.
Como fumaça dos carros que somem em pleno ar. Mas sujam o ar.
Eu soprava palavras de amor ao vazio esperando que a resposta nunca ecoasse.
Eu perdia meu tempo em camas bagunçadas.
Me divertia sem vontade de explicação, drama ou castigo.
Agora espero seus passos seguirem o meu no mesmo ritmo
Teus olhos me decifrarem
Tua vontade bater com a minha
Povoar da gente nossa cama até então vazia.
Hoje ando solta, com dedos entrelaçados.
Cheia de sorrisos e saudades.
Cheia de alegrias e dúvidas.
Buscando aprender a verdade que nunca se quis
Que nunca se viu.
A verdade que não admito
Mas que a cada dia me invade.
Enfim... Esse é o fim.
Porque esta dita verdade será admitida somente pra você e pra mim.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Vermelho.

Já é tarde meu bem. Já é pra mim.
Ontem pensei ter visto o céu mas era só chuva. Só nuvem escondendo o universo.
Pensei ter visto teus olhos mas no fundo eram só capricho. Rio profundo escondendo o mundo.
Quando nos encontramos você sorriu e sob as árvores eu pensei ter encontrado par.
Agora acho graça, rio alto pra desculpar as lágrimas que rolam.
Ultimamente faço dessas coisas motivo. Motivo pra seguir, pra sorrir, pra amar, pra sofrer, pra chorar.
Escrevo incansáveis versos e percebo que isso tudo é medo. E ao ler mais esse meu medo aumenta, mas no meu íntimo nem ligo, assumo. Já conheço esse estado. Sempre fujo, sempre me pego.
Se passa um dia sem que eu te perceba ao redor começo a cair.
Se a luz do celular não brilha as sete eu logo penso onde andará.
Se do nada se torna lacônico em pedacinhos me leva pra um canto vazio, onde afasto tudo do meu coração.
E quando me vejo entregue e você some tudo desmorona. E então vejo que aquela vontade de gostar de verdade era desculpa, mentira que escondia que já te adoro. Já te quero.
E agora o passado me toma, e me lembro desses momentos tão presentes. E dos enfins e fins que a minha vida tomou.
Então penso, falo comigo e espero com a insensatez de menina, esperançosa de que meus planos se cumpram.
Pena que nada acontece como planejo.
E o que me resta? O que posso fazer além de continuar, de esperar que tudo tenha um final feliz?!
A verdade é que ando sem vontade de me frear. Então já não importa mais o que há de passar ou ficar.
E quantas vezes já se foi? Quantos sabores deixando seu gosto amargo e o vazio pela manhã?
Já não tenho dedos ou meios para contar.
Então escolho sentir, me rasgar por dentro.
E com um sorriso no rosto seguir.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Em uma canção de amor, o que há?

E se me enchesse de dedos? E perdesse totalmente o que tenho e o que há por vir?
Se num segundo te adoro, em outro minuto qualquer choro. Já não sei pra onde ir.
Se acredito que te quero. No fim nada resta além de espera.
Se hoje te amo, amanhã com teu sorriso simplesmente me canso.
Se nesses versos enxerga canto, talvez seja o rapaz certo para este tanto, tanto cheia de sentimentos dos quais nem conto, dos quais me espanto.
Se não te largo nenhum momento, logo o sono me toma e prefiro minha cama quente.
Se tua voz me era calmaria, certo dia nela tudo me irrita.
Se me conheço tempestiva e luto de todas as formas para ter-te comigo. Agora já estou cheia deste momento tedioso que tem sido dividir as tardes contigo.
Me dói nunca conseguir estar.
Me dói a dor de querer e não querer ficar.
A vida sozinha não é nada além de saudade e vício.
Sinto falta da saudade.
Sinto falta do meu vício.
Minha sina além da febre branda é sofrer como castigo auto-imposto. No mundo se sentir sozinho.
Abandonado de mim sigo como cão sem lar. Mendigo. Bicho sem abrigo.
Carente de carinho afasto as mãos que me dominam.
Pobre de espírito me delimito a medir o querer em superfície lisa.
Ai como eu te admiro, a simplicidade. Um sentimento num suspiro.
Me perdoe por listar meus mal fadados espinhos.
É que tão somente olho em teus olhos e me vejo mentindo a verdade.
Tomando como minha verdade aquilo que logo mais não sinto.
Desculpa.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Saudade de você

Dos caminhos que nos levam a compartilhar as noites escuras.
Das árvores e do vinho tinto.
De descordarmos e não guardarmos nossas vontades. Ou rancor.
Da amizade que nos mostra inteiros.
Sinto falta de chorar contigo e rir de bobagens.
Adoro como somos diferentes. Como tua calma me invade e minha efervescência te faz sorrir.
Gosto de como você (não) faz a barba, do seu jeito rebuscado de falar e quando me trás novidades.
Espero que você dê de volta a metade dos passos que nos afastam e me espere em um buteco qualquer que eu chego lá.
Espero que a gente faça as viagens que combinamos enquanto divagamos em filmes tolos e sushis no mesmo prato.
Quero pra mim de volta todas as suas dúvidas, sua sabedoria de menino/homem que viveu mais na alma que na própria vida, que ainda é tão curta.
Quero te dar mais uma vez minha intenção, minha boca, olhos e ouvidos, meu abrigo e minhas covinhas de menina boba ao escutar de uma maneira carinhosamente ácida que só a gente entende que tudo em mim deveria te irritar, e que não amaria ninguém mais que fosse assim como eu.
E você bem sabe como meus dias seriam monótonos com alguém como você. Que não fosse você, é claro.
Vamos correr e quem sabe mais tarde dá tempo de um abraço, uma confidência, um trago, um riso alto.
Você, meu amigo, sempre vai ter um pedaço meu. Isso porque uma vez nos táxis da madrugada eu realmente te vi. E agora é simples como respirar esperar mais um dia pra gente "siamá"

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quarta-feira, 13 de março de 2013

A nossa história.

Um dia a gente se encontra
E num futuro distante te conto como foi
Passar pela vida inteira sozinho sabendo o que é procurar por você.
Um dia a gente se vê
E de mãos dadas seguiremos em frente
Porque a vida faz isso, e quando vemos já foi.
Um dia a gente se beija
E as palavras serão substituídas por olhares
E o tempo nos leva sem querermos sair do lugar.
Um dia a gente se desentende
Porque as pessoas são diferentes
E as experiencias nos trouxeram de outro lugar.
Um dia a gente vira as costas
Porque apesar do amor o orgulho é mais forte
E fracos que somos voltamos a nos perder.
Um dia a gente sente saudade
E percebe que além das lembranças nada vale a pena
E nossa distância é só vaidade
Que não vale viver sem o seu querer bem.
Um dia a gente desiste da burrice e corre
E com sorte teremos um último vislumbre do paraíso aqui.
E então graças a Deus.
Então adeus
Adeus a vida
Adeus você
Foi um prazer.

terça-feira, 12 de março de 2013

Amor a vida. A vida que se põe. A vida que se tem.

Andando. Vivendo. Correndo. Pare!
Olhe. Acorde. A paz te pesque e renda.
Mil rendas sobre teu corpo cigano.
Lábios se movendo e eu simplesmente amo.
Me perco na luz deste canto.
Tudo gira. Tudo em movimento.
Canção antiga invadindo o peito.
Os pés desnudos batendo o mesmo piso frio.
Eleva a alma. Acalma o corpo. Desprende a mente.
E de repente sente.
Então não invente desculpas esfarrapadas pra voltar.
E o vento te leve. E você leve já não percebe o peso da vida.
Não me deixa. Não se deixe. Me pega pela mão e vai. E vem.
Cola em mim e diz.
Em palavras indizíveis não saímos do lugar.
Me vira. Revira. Encontra. Que eu canto. Eu grito. E tudo muda.
E tudo vivo. E tudo segue. E tudo aqui.
Se já estamos assim, pra que parar?
Se já podemos nos ver, pra que fugir?
Se já conseguimos tocar, pra que mentir?
Se já sabemos amar, pra que calar?
Se a vida invade o quarto, pra que se fechar?
Só podemos aceitar que as vezes as coisas podem simplesmente acontecer.
E de manhã o sol traz Deus pela janela. E não precisamos saber.
Então que algo mais nos segure ao chão. Porque acho que um passo a mais e vamos flutuar nessa intenção. Intenso.
E a vida não é mais o que foi. E não precisamos saber.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Acorda.

E não é que o tempo passa. As pessoas mudam. E num turbilhão de sentimentos agudos teu instinto paira. Aguarda. Em agonia e gozo o ser humano tenta. Luta. Vai cavando a vida como minhocas na lama, buscando ar. Buscando cama. Leito quente. Amor perene.
E a cada lance o tempo muda. E as pessoas passam. E a cada passo um novo rastro. Novo erro. Ou acerto. Sua consciência é escrava e ama. Quando pensa ter achado a resposta sua cabeça vira. Seu âmago revira e a pergunta muda. Sua boca muda de mil pensamentos abstratos. Sua alma cala diante do abismo revelado. Do movimento impulsionado em frente o ponto final estático. Do momento exato da escolha plena. Pois este é o rei da ambiguidade. Vive a procura. De escolha tola em escolha tola se afasta da verdade. A verdade que tanto busca. É assim, como se alimentasse sua doença enquanto busca a cura. Encontra-la. Mera balela de quem tapa o sol com meias verdades. Meias vontades. Quem se engana com o discuso do leão covarde que habita a caverna escura de sua mente distorcida, disfarçada de cabeça pensante. Então, antes de achar que a sua descoberta foi feita, que suas idéias são tão perfeitas, antes de se desfazer do seu semelhante perceba nele o mesmo viajante, perdido em busca abrigo no coração alheio, pois no próprio corpo por vezes nos sentimos forasteiros. Divida com ele o mesmo medo. Pois eis que somos apenas pedaços de carne vagando. Milhares de pensamentos vagando. E a única coisa real neste plano são as atrocidades e caridades praticadas pelo animal humano.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

É só que hoje algo me remete Cazuza!

"Fim
A noite acabou feito gim
Espuma branca lavando o meu pé
Os amigos de sempre já tão indo embora
E o garçon fecha o bar
Mal-humorado e cansado
Será que você não vê
Que o teu lugar é do meu lado?"
Vivo atrás do que sentir
Sentir forte até que transborde
Eis aqui seu último presente.
Quando me disse sem porque ou porem
Como se tudo fosse natural
A partida de parte do meu querer bem
Em um segundo mil lembranças
Parece bobo e clichê, esse é o mal de quem te adora.
Agora mais calma recebo o que sente
E percebo outra vez que em parte me parte
Mas sem ele és parte e te quero inteira!
Prometa apenas guardar a boa lembrança
Leve um pouquinho de tristeza ao deixar aqueles que ama
Somos mais do que palavras, o que vivemos fala por mim
E apesar do meu carinho ao descrever o que sinto
Ao terminar quero que levante os olhos, estarei na sua frente, de braços abertos.
Todos te encorajando, uns rindo outros chorando.
Bem, eu já chorei!
Chorei ao escrever,
Chorei porque te amo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sinuoso

Com toda certeza outro sabor, outra energia. Te provo em fluído e em risos distraio a melancolia. És minha fração matinal de alegria.
Se não peço, invado, ainda vejo em teus lábios satisfação e confusão. Que mesmo perdido responde em toque a outra língua.
Se tua pele é o oposto, me completa em forma e gosto e nos tomamos em sinergia.
Sinto que em tua mão tremo, como barro me modela, me encaixa e respondo obediente a minha pulsação crescente.
O que espero é despir o segredo e acorda-lhe com um beijo pra livrar-me de vez desta agonia.
Como sempre me perco em perguntas, se também sentes o que me percorre, se o teu querer perdura.
Mas calo o pensamento. Desta vez só quero ouvir o centro e desejar nossas peles nuas.
Uma cama. Um cigarro. Nossos corpos molhados.
Nada de romantismo barato. O único poder que espero sobre mim é o do teu....
Enfim