Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim
Pra vocês que se acham diferentes, que estão sem norte, sem sorte, sempre a procura de um desejo invisível eu digo não desistam, nem desanimem, nós estamos aqui!
Estamos em todas as partes, em todas as classes sociais, de diversas cores e crenças... Mas temos muito em comum! Vemos o mundo de um jeito diferente, sentimos a beleza e a dor de todos os tempos com o impacto de quem parece ter vivido tudo por completo, somos simplesmente sensíveis.
Adoecemos a alma com tanta frequência, mas somos fortes, lutamos. Choramos lágrimas de sangue e as colocamos no papel. Assim persistimos.
Buscamos sabedoria em lugares criativos, inesperados, e de fato por vezes chegamos a tudo menos uma conclusão exata, porém somos coesos, realistas, apesar de alguns incuravelmente românticos e muitas vezes dramáticos como eu.
Pessoas assim têm uma percepção diferente dos fatos, um saber muitas vezes desconsiderado, desvalorizado, sufocado, isso é triste.
Porque muitos de nós não destruiria o mundo com nosso conhecimento, no máximo destruímos a nós mesmos na busca, acredito que apenas praticamos a arte de contemplar, viver e ter discernimento.
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