*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Peractorum...

Ontem tive mais um daqueles momentos extremamente agradáveis, daqueles que acessamos com nostalgia nos dias difíceis. Saí sem rumo com um velho amigo, relembrando tempos mais fáceis e como reclamávamos dizendo serem os mais complicados. Olhamos  a noite e fomos levados as memórias de madrugadas em táxis, a ansiedade adolescente do que estava por vir, festas borbulhantes,  champagne, alexander... Também lembramos o gosto doce do frapê de chocolate do  S'il Vous Plaît, do vinho tinto, do blues e o ar parisiense de certas partes da nossa querida Belém, ela não está morta para quem quer viver a meia noite.
Entramos em conversas existencialistas como não fazíamos a muito, chegamos a conclusões que nada concluiam, rimos, nos emocionamos, tivemos epifanias, estávamos no café com arte... Construção antiga, um barzinho charmoso com velas, povoado de cerveja e  cigarettes, de boa música, música calma, música de conversa, bossa!
Falamos sobre relacionamentos, o medo de estar com alguém e o medo de estar sozinho, sobre o que nos trás inspiração, o que escrevemos, ou escreveremos, e pra que escrevemos, ou escreveríamos, sobre o que sentimos e o que queremos deixar na terra, fazer sentir, sobre o receio de um fim iminente mais próximo a cada segundo, sobre a complexidade humana, e a simplicidade. 
Divagamos entre tragadas conceituando opiniões politicas e sociais. Brincamos de tirar o rei de seu pedestal e no seu local colocar Chico Buarque, Gal Costa, Ellis... Bem, por fim voltamos!
Mas ainda estamos lá... Sempre estaremos, é bom podermos nos encontrar nessas noites quentes de quarta-feira...

Nenhum comentário:

Postar um comentário