*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ao deus do Profano!


Gruda em mim cada pedaço teu, que o meu já se acaba. Uso tanto da alma que a carne reflete, estou cansada.
Me nutre, me leva, me faça poesias flutuantes. Joga fora o que está podre, fétido e preenche com saliva. Lambe, me cura as feridas, que a dor já não é motivo pra não querer. Compadece teu espírito, enxerga essa que vos fala com carinho, queira cura-la dessa vontade desmedida do que não se pode fazer.
Grava em mim cada palavra tua, e me torna mera boca falante reproduzindo qualquer coisa sem significado, que as minhas próprias já não tem sentido que não consumir-me a essência. 
Me livra de mim!
Me tira das noites insones, das vestes escarlate, me eleva aonde eu possa ter clareza, mas não clareza demais!
Me tira de mim!
Dessa caixa de ossos e carne, que não sabe seguir.
Dessa cabeça fragmentada de pensamentos que não sabe concluir.
Dessa vida cheia de decisões que não sabe tomar.
Dos amores que não consegue viver.
Das dores que não consegue livrar.
Amém! 

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