*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Com a letra M


Digo-lhe algo sobre mim caro senhor. Sou carne e osso, dúvidas e desrespeito a certos preceitos que nos cercam e sustentam idéias tão antigas que as vezes acreditamos ser as certas.
Sou a complexidade do nunca contentar-se e a superficialidade dos desejos jovens, imediatos, tolos... Me lisonjeia muito mais que imaginas que a personificação seja feita por tal caneta, mas não me agrada de todo pois não sou eu!
Algo falta. Quando me retrata não procura minh'alma. Atem-se a pele, pêlos, sorrisos, uma pureza utópica... Não enxergas minha natureza profana, portanto não me amas! Não desejas... Essa é minha maior fraqueza.
Quero que sintas além da pele, profundo, que sinta e se deixe queimar, levar pelo fogo, fogo que só consome a mim mesma... Que veja mulher em seu jubilo, jubilo este causado por ti.
Afasto a idéia de ser teu anjo, ela me deprime... Pois o que alimento por ti não é nada puro, nem tão pouco casto ou ingênuo!

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