*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 16 de julho de 2013

Clareza noturna

O que se passa?
Aonde está?
O que deseja?
Vejo teus olhos duros, secos.
A vida fez isso contigo.
Mas não esquece o que já foi visto.
Você sabe aonde achar.
Tão forte. Tão bonita.
Parte a casca. Vem olhar.
Frágil menina. Doce menina.
Criança escondida, perdida.
Assustada com a velocidade dos dias.
Quer se encontrar.
Se procura no espelho, nas ruas.
Vasculha o corpo inteiro.
Um mundo de pele a se apresentar.
Volta pro centro.
Se vira do avesso.
Quando visto de dentro. Visto inteiro.
Do que és feito?
De vontades. Anseios.
Do teu lado doces Beijos.
Quando esbarra em teu peito.
Olhos negros. Outro beijo.
Se envolve.
Muitos braços. Muitos pêlos.
Se desprende do que busca e se perde em volúpia.
O cheiro do incenso e do sexo ludibria.
O ritmo aquece o corpo inteiro.
Enfim, ali se sente inteiro.
Com mel passando dos lábios aos seios.
Em orgasmos enverga a insegurança.
E ofegante garante seu sono.
Seus sonhos flutuando longe.
Sentindo toques. Sentindo cheiros. Em sua nuca saliva e uma mão em seus cabelos.

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