*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A menina dos olhos de mar

As vezes, e só as vezes, uma pessoa nasce com olhos de mar.
Antes mesmo de passar pelas coisas da vida ela tem imensidão no olhar
Quando ela chora dói mais do que qualquer outro ser humano
Mas suas lágrimas curam qualquer desengano.
A minha menina veio ao mundo assim
E as vezes parece que o mundo quer machuca-la e faze-la sangrar
Sua bondade lhe deixa indefesa
O mundo apenas quer se curar.
Essa menina já é mulher agora
E as coisas da vida lhe deixaram cansada
A cabeça pesa cheia de entulho
O coração se embebe dela pra continuar.
Ando capenga sem minha menina
Minhas lágrimas de tristeza só fazem sujar
Pena que ela se foi pra tão longe
Mas é melhor, ela foi se amar.
Menina, mulher te faço um apelo
Perdoa meus olhos de rio tão escuros
Ele vê a pureza com certa malicia
Ele pega o amor e esconde no fundo.
Meus olhos barrentos são invejosos.
Meus olhos queriam se encher de você
Aqui nos meus braços tua pele destoa
Meus espinhos te tocam mas amo você!
Agora o tempo já se foi com a mulher
E o fim esta próximo pra mim e pra você
Meu medo senhora é ficar tão sozinha
Sozinha do verde desses olhos profundos
Me arrepender uma última vez neste túmulo.
Espero que lá chore por mim e me limpe de tudo.
Sinto saudade, saudade de tudo. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário