*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dias quentes, corpos frios.

Se este é o fator então está ferido;
Nos braços de Morfeu seu único abrigo;
Rio de lágrimas para se banhar;
Barca furada, tenta navegar;
Coração ferido para curar;
Ilusões para amar;
Utopias para desejar.
Mente vazia e devagar;
Um peito apertado;
Uma garganta sempre seca;
Um querer, assim, latente;
Desistiu
Reprimiu.
Quarto escuro, existência fechada;
A vida resumida a uma caixa de restos mofados.
Subsiste
É fato.
Não se move;
Não levanta;
Tudo é fardo;
Tão cansado,
Não reclama.
Cama nunca feita;
Deitado simplesmente se deixa.
Morto ainda em vida.
Que vida...

2 comentários:

  1. Cais, às vezes, afundas
    em teu fosso de silêncio,
    em teu abismo de orgulhosa cólera,
    e mal consegues
    voltar, trazendo restos
    do que achaste
    pelas profunduras da tua existência.

    Meu amor, o que encontras
    em teu poço fechado?
    Algas, pântanos, rochas?
    O que vês, de olhos cegos,
    rancorosa e ferida?

    Não acharás, amor,
    no poço em que cais
    o que na altura guardo para ti:
    um ramo de jasmins todo orvalhado,
    um beijo mais profundo que esse abismo.

    Não me temas, não caias
    de novo em teu rancor.
    Sacode a minha palavra que te veio ferir
    e deixa que ela voe pela janela aberta.
    Ela voltará a ferir-me
    sem que tu a dirijas,
    porque foi carregada com um instante duro
    e esse instante será desarmado em meu peito.

    Radiosa me sorri
    se minha boca fere.
    Não sou um pastor doce
    como em contos de fadas,
    mas um lenhador que comparte contigo
    terras, vento e espinhos das montanhas.

    Dá-me amor, me sorri
    e me ajuda a ser bom.
    Não te firas em mim, seria inútil,
    não me firas a mim porque te feres.

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  2. Gostaria de saber quem colocou este poema...

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