*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Não tema! Esse é o reino da alegria"

Eu realmente não esperava chegar aqui. De cada passo mal dado que dei um bom destino enfim. E então parece que todos estavam errados e um monte de bobagens podem realmente te deixar tonto e perdido, aí você sem querer tropeça e caí de cara no lugar certo. No peito do amigo, e faz daquele corpo abrigo.
Então nada daquele papo faz sentido, e você tá pouco ligando pro vestido rasgado. Você não liga de ser tachado de puta, de vagabundo, de mendigo fora da lei. Você só quer abrir a boca e sentir o gosto da chuva na praça da república. Você só quer se esconder em um coreto e sentir o sal, o suor do teu amigo, do teu abrigo. Você só quer se divertir.
E uma coisa leva a outra, e outra coisa leva a um. E enquanto as mãos se entrelaçam e os pés sentem o chão gelado e um arrepio difuso, sem motivo claro, o frio ou a língua. A boca sem aviso acha a boca, sua igual, a língua sem surpresa invade. E a respiração entrecortada trás o movimento, o ritmo, a poesia esta na forma que se mexem no escuro, que se encontram na lama, na alma.
Seu corpo já não é corpo, você transcende. E responde sem nenhum medo, sem hipocrisia, sem respeito. Bate no peito e diz: Eu não sei o que quero!
Me deixe viver. Me deixe saber. Me deixe esquecer toda essa loucura, essa pressão de crescer. Parem de espalhar a palavra. O que é certo ou errado ninguém vai saber. Parem de empurrar e me deixem parar.
Senão eu forço a barra, corro entre os carros, me jogo, me drogo e tudo fica nebuloso.
Não me façam. Não me causem. Não me expliquem pra mim.
O sabor dessa vida concedida só eu vou fazer, só eu vou seguir.
E no fim o que me resta fazer é o que pinta na hora.
Essa foi minha hora de escrever. Pra não explodir, pra não enlouquecer.
Pra ser feliz. 

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