*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

segunda-feira, 4 de março de 2013

Acorda.

E não é que o tempo passa. As pessoas mudam. E num turbilhão de sentimentos agudos teu instinto paira. Aguarda. Em agonia e gozo o ser humano tenta. Luta. Vai cavando a vida como minhocas na lama, buscando ar. Buscando cama. Leito quente. Amor perene.
E a cada lance o tempo muda. E as pessoas passam. E a cada passo um novo rastro. Novo erro. Ou acerto. Sua consciência é escrava e ama. Quando pensa ter achado a resposta sua cabeça vira. Seu âmago revira e a pergunta muda. Sua boca muda de mil pensamentos abstratos. Sua alma cala diante do abismo revelado. Do movimento impulsionado em frente o ponto final estático. Do momento exato da escolha plena. Pois este é o rei da ambiguidade. Vive a procura. De escolha tola em escolha tola se afasta da verdade. A verdade que tanto busca. É assim, como se alimentasse sua doença enquanto busca a cura. Encontra-la. Mera balela de quem tapa o sol com meias verdades. Meias vontades. Quem se engana com o discuso do leão covarde que habita a caverna escura de sua mente distorcida, disfarçada de cabeça pensante. Então, antes de achar que a sua descoberta foi feita, que suas idéias são tão perfeitas, antes de se desfazer do seu semelhante perceba nele o mesmo viajante, perdido em busca abrigo no coração alheio, pois no próprio corpo por vezes nos sentimos forasteiros. Divida com ele o mesmo medo. Pois eis que somos apenas pedaços de carne vagando. Milhares de pensamentos vagando. E a única coisa real neste plano são as atrocidades e caridades praticadas pelo animal humano.

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