*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Quando dei por mim, nem eu estava mais ali.

Enfim parei. Percebi as silhuetas na rua escura. Uns passos a mais e talvez. Eram as mesmas. Talvez não.
Em você enxergava porto. Via nuvens. Não era chuva.
Agora a alma chora. Do que adianta, lágrimas no solo infecundo. Nas dificuldades rachaduras. Saio logo.
Tento recordar o caminho, mas não existe volta. Não há mais lar. Ninguém esta lá.
Não importa dia ou noite, as estações, minha lua ou a posição dos astros. Nisso tudo só existe você e eu lamento.
Bateu na porta. Deixei entrar. E ainda assim me senti invadida.
Se fez em luz. E no fim já era a soma de todos os meus fatores. Levou tudo de mim.
E nem tive tempo. Nem vi a tempestade chegar. Apenas o vazio. Mergulhei sem pensar.
Como eu poderia pressupor, depois de todo aquele ardor.
Boa metáfora. Mas agora esta fora.
E por fim o fogo que eu via não só ardia, como paixão. Era tudo que nos consumia até virar pó, um simples borrão.
E do amor o que sobrou?
Palavras e dor.
O dessabor. Sem nenhum perdão.
Metade de algo que nunca foi.
E se foi sem explicação.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Eu fiquei, aqui, pensando que isso é tão bonito. Falo do fato deste tema ser tão universal,mas, ao mesmo tempo, tão divisor de águas. Procurar uma resposta na metafísica seria até inapropriado, porque, afinal, não é o que se quer. Doar-se e estar preparadx para correr riscos vai sempre acontecer para quem pretende não viver só de coisa pesada. É muito triste ver que existe gente que escolhe viver do pesado.
    Enfim, mais uma vez eu fiquei com aquela coisa de "pô, queria ter escrito isso primeiro". =*

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