*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

terça-feira, 17 de abril de 2012


Sinto forte e me deixo levar a cada toque. Desejo com toda a alma, com toda a pele. Querendo mais do que sustento, um consolo, um alento. Minha cabeça muito rápida, minha falta de memória me enraivece, se num segundo a inspiração me vem no outro desaparece.
E quando some fico sem rumo, vazia, no escuro... E se a mente não me supre, busco abrandar a alma na carne.
Em outros corpos me alinho, me aninho, esqueço as frustrações, sincronizando respirações, perdendo a calma. Me concentro em cada olhar em cada traço, como uma pintura em movimento. Me envergo, me inclino, me encaixo. Depois me satisfaço e então relaxo.
Alma leve e corpo cansado, levanto e vou pra casa. Me lavo... Qual era mesmo o nome de quem há pouco me segurava? Não importa. Deito, viro de lado, fecho os olhos e então reabro.
Milhões de palavras, fico tonta, um papel, uma caneta, um cigarro... Depois olho em volta, poesia, textos, emoções, tudo explodindo de mim. Me alegro.
Com a cabeça no travesseiro, sorrindo novamente penso "Mas que ironia nesta vida estranha, que eterno flip, primeiro alimento o espírito, tão puro e verdadeiro e quando canso me afundo na lama". Como amo minha essência, não me falta nada, tiro o melhor de cada pele e o melhor da minha alma. 

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