*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sobre la memoria


Me diga então as respostas certas. Guarde cores fortes e ventania pra nós dois. Faça valer cada fragmento pois eles custam caro.
Uma moça inerte olhando o pôr-do-sol. Em sua mente tudo vazio. A ultima lembrança da crença na felicidade.
Levanta-se. Já não esta lá. Cabelos caídos sobre o colo exposto. No breu do quarto um sorriso sutil, seguido de um suspiro pesado de aceitação e por fim arruma os tecidos que ornam o corpo. Seus dedos exploram as paredes como caricias procurando o interruptor, a luz. Acha-o.
Senta-se na cama. Levanta. Pega os sapatos de salto e batom, vermelhos. Cobre o rosto com maquiagem. Máscara. Olha-se no espelho. Sai.
Flutua até o bar mais próximo. Acende um cigarro. Cruza as pernas. "Senta aqui que hoje eu quero te falar, não tem mistério não, é só teu coração que não te deixa amar..." Uma lágrima de lápis preto desprende dos olhos, como pequenos pedaços perdidos, ou melhor, jogados fora. Sobras, restos que não podem ser vividos.
O dedo sinaliza mais uma dose de esquecimento, mais uma noite, mas uma.
"Me diz se assim esta em paz? Achando que sofrer é amar demais"


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