*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Desabafos dedicados ao moço da terceira fila, com o olhar profundo, maquiagem teatral, sinceridade visceral e uma amiga leal do lado...

Nosso relacionamento é assim. Ácido sobre a mesa de madeira nobre, dificilmente corrompível. Mas eu disse "dificilmente" e não impossível.
Nossas verdades atiradas sem pudor. Humor negro. Entendimento. Nós temos um propósito diferente.
Não há nada que não faríamos, que não compartilharíamos, juntos. Nos conhecemos, o bom e o tolo, o mal e o repugnante. E por vezes nos aproveitamos disso para comungar do veneno. Nunca estamos separados de fato, mas também, vez ou outra, a união se torna massante.
Jamais pensaria em dizer que não te amo. Porque a impossibilidade é extrema. Me pergunto como duramos tanto tempo, acredito que talvez se deva ao fato de que ninguém mais suportaria essas idas e vindas tão características.
Ainda pouco li sobre o fim, sobre as únicas peças certas nesse quebra cabeças desgastado e cruel que por vezes tem sido a vida, e você seria de longe minha maior aposta. Pois de tudo que preenche esse copo meio vazio que tem sido minha existência tu serias o bem que eu não suportaria ver passar. A magoa que não conseguiria aguar.
As vezes minha ausência de tristeza depende da tua alegria. E o meu sorriso brota da vontade de te fazer melhor.
Fico feliz que entre nós existam faíscas e que nossos elos sejam fortes, que toleres minhas burras infâmias e eu a tua personalidade seca. Que nos enxerguemos como somos. Defeitos, defeitos, sem excluir as qualidades incomensuráveis que me fazem te admirar. É só que as vezes me dói, e não posso ficar alheia.

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