*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O assassinato da flor.

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...
... Estou em milhares de cacos.




Você disse "me deixe em paz". Não com essas palavras, mas foi o que ouvi. Nem por um segundo pensei em reagir, você me tirou as forças e pra não cair simplesmente respirei e sorri. Sarcasmo sempre foi meu escudo, minha proteção. E mesmo deixando tudo de lado naquele instante lá estava ele no meu casulo de solidão.
Não lhe cobro nada. Nem meu amor perdido. Parece-me que esse já foi jogado na lata do lixo.
A falta que sinto não posso negar. E nem que quando por um segundo você vacilou e pareceu querer voltar eu quase. Enfim. Já sei o fim e mesmo que eu estique essa situação o fim ainda estará lá. Esperando.
Prefiro então, dizer-te "Não te amo" e deixar você.
Como pôde me dizer aquelas palavras? Como pude acreditar quando disse que não me magoaria, não me deixaria assim? Mas acabou sendo a pior decepção. Mas acabou me atirando no chão. Na lama. No drama.  Sabe, eu sou forte. Eu sei que isso vai passar e vou ficar mais forte. Mas no momento tudo isso me parece um desejo utópico.
Não existem lágrimas que lavem e levem tudo isso, então escolho não chorar.
Mais uma fase. Mais uma vez. Recomeço.
Você não me tirou quem sou. Foi embora antes. Não tenho palavras que expressem o que sinto. Vazio. Escuro. Triste. Inquieto. Eufemismo barato de uma escritora sem adjetivos suficientes!
Eu espero sinceramente nunca te esquecer. E nunca mais cair no mesmo erro. Assim como também desejo florescer na próxima primavera e te ver chover de arrependimento quando não forem teus mas os meus frutos.
Eu te amo. Eu te odeio. Eu te desprezo e preciso de ti com a mesma intensidade. E ao tentar me controlar vou consumindo-me em desespero.
Espero que pelo menos um de nós esteja satisfeito.

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