Assim me vejo divagando nesta madrugada insone o significado
das coisas. Pergunto-me o que teria feito pra sofrer tais agonias e com igual
surpresa a pergunta se repete em relação as bênçãos que tenho recebido.
Meus amados. Nossa ligação é tão forte quanto as dores que
não deixam dormir. Assim como nosso desejo de amar tão enraizado surpreenderia
qualquer um que visse nossa pouca idade. Um peso tão grande que parece trazido
de outras vidas. Quase tão grande quanto nossa vontade de viver são nossas
questões tão mal resolvidas.
Entre certezas e dúvidas todos temos a mesma dívida. Um por
vir que segue esta vida não vivida. Eu sei que viveremos.
Nossos encontros. Nossas palavras. Unidos criamos uma base forte.
Não para represar as mágoas, mas para deixa-las fluir. E a cada passo dado um
cuidado, um saber da importância de si pelos olhos de quem só vê em ti amor.
Amizade.
Corajosos somos nós, que admitimos a agonia de não saber ou
de saber demais. Que abrimos as cortinas que nos limitam, cegam nossas
percepções. Que gritamos sem ligar para os olhares reprovadores. Nos deixamos
cair. Viver a melancolia da mesma forma que abraçaríamos um dia ensolarado de
domingo. E depois levantamos. Superamos. Sabemos que viver é uma dádiva. E
esperamos o melhor a cada esquina, mesmo que as ruas anteriores tenham deixado
feridas. Mesmo que elas ainda estejam um tanto abertas.
Esses dias que Deus me dá um motivo tão sublime. Uma
inspiração tão simplesmente surgida do amor que lhes entrego. Ah! Esses dias me
fazem querer existir.
E flores surgem para justificar os espinhos.
E no fim de tudo isso, creio que simplesmente gostaria de
dizer “Devo meu melhor a vocês caros amigos”
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