*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Lamento

E o que devo fazer? Se quando estou aqui, sozinha, só consigo pensar em estar com você. Minhas vontades não me pertencem e o que me resta é calar. Escutando as mesmas músicas de sempre me vejo obrigada a habituar novamente a solidão, velha companheira. E quando nos falamos sinto a saudade mais forte e mais forte também o desligamento. Sinto frio, e nas noites quentes derreto em lágrimas e uísque.
Sinto falta dos meus cigarros. Estou fechada. Só sinto saudade.
Queria ser mais do que sou. Conseguir viver dos meus sentimentos tristes e fazer a dor me trazer algum contentamento. Queria fazer com que o mundo apreciasse tudo isso e que seus pedidos não fossem tão convincentes.
Queria nunca ter recebido essa maldita música. E gostaria em nós todo sentimento que nela está posto. Gostaria de nunca ter lhe dado aquele pedaço de papel e que você ainda recebesse de mim cada traço do que nele era composto.
Agora estou indo embora. Estou acenando e fingindo sorrir. Espero que nos esqueçamos rápido. Que passemos logo. Que meu peito pare de latejar e meu coração pare de bater. A morte soa como lamentável alento.
Só o que busco agora é o que posso ter.
Meu bem.
Meu futuro.
Sozinha.

“E quando nos veremos novamente? Não sabemos. Hoje. Amanhã. Nunca mais. Não importa. É só tempo.”

Um comentário:

  1. Impressionante! É como se você estivesse escrevendo os meus sentimentos, minhas sensações...

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