*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Velhos hábitos (nunca?) morrem

As vezes eu acho que quero tudo bem, tudo em paz, uma vida normal... Me envergonho ao olhar no espelho e ver que não sou assim, dramas me inspiram, me tiram do chão, acho que não suportaria ouvir isso de alguém que não eu mesma.
Me sinto vazia quando estou só, mas me incomoda a companhia. Me tranco em quartos escuros, desarrumados e escrevo sobre mentiras, fantasias, talvez seja o que estou fazendo agora.
Quem saberia?!
Meu Deus, o que procuro em mim, nos outros, nesse lugar abafado com cheiro de mofo?
Só sei que conheço alguém, uma pessoa incrível que gosta de mim, eu também gosto, pode acreditar. Faço que me ame, dou-me toda, sem limites então chega a hora, eu penso:"diga, diga isso bem alto", então ao ouvir as doces palavras sinto-me cheia de alegria, essa sensação momentânea se acaba quando percebo que já não escrevo, já não penso, não respiro e nada me inspira... Me assusto e fujo, corro, me tranco novamente, me sinto traída por mim mesma, choro, ignoro meu amor, desligo o celular, procuro velhos amigos, busco ombros para chorar, sento-me à noite em frente ao computador e escrevo, escrevo, descrevo e toda magoa, toda dor, toda saudade e desespero transborda em palavras verdadeiras, vivas, sofridas... *Para escrever sobre qualquer coisa, antes precisa vive-la, sentir na carne, gravar na alma à fogo o que logo transborda em palavras no papel.
Esta é uma sina, um destino marcado, um circulo vicioso, pois logo as feridas curam, e é chegada a hora de voltar aos velhos hábitos. Procurar até achar!
A solidão me assombra, mas não sei se consigo viver sem ela, minha droga, meu vicio...
Se sou louca?! Talvez seja! É provável que sim.
Mas essa pode ser só mais uma invenção, uma mentira, uma criação inconsciente que ilude até a mim mesma...
Deixo aqui minhas dúvidas e inseguranças... Agora chega de divagações.

Até!
Beijinhos
N.

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