*J'ai peur de devenir un adulte sans rêves*

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ultimas considerações

Novamente naquele momento, onde nada disso me dá prazer. Escrever só pelo ato, com medo dos clichês.
Mais uma vez acordar e dormir assim. Chega a ser cômico sentir exatamente a mesma dor. Então eu sei, é outro amor.
E de amor em amor a vida toma gosto. E de dor em dor sinto que em parte morro.
E gravar na pele nunca fez tanto sentido. E se não tem céu nem inferno pra que continuar existindo?
Eu vivo.
Vivo porque é assim que me inspiro. Porque eu sei da verdade do que sinto. Porque sou vaidosa e preciso ouvir outros lábios recitando o que acredito.
Eis o lucro de escrever sentimentos. Não há quem não tenha uma fração do que digo no peito. E por dentro a alma embriagada de vinho tinto, ou devaneios baratos (tanto faz) toma em melodia a flor, e esquece os espinhos. E viver por um segundo é leve e divino. A poesia faz isso com a gente. Nos exalta, nos rebaixa, mas não importa. Somos levados, ludibriados pela beleza do escrito.

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